Educação
Estudantes de Chã Preta visitam redação da Tribuna e vivenciam na prática o processo jornalístico
Jovens tiraram dúvidas sobre comunicação, combate à desinformação e a importância da apuração no processo de produção das pautas
Alunos da Escola Estadual Izidro Teixeira, localizada no município de Chã Preta, na Zona da Mata Alagoana, na 4° GEE, visitaram nesta terça-feira (25), a redação do Portal Tribuna Hoje e Jornal Tribuna Independente, em Maceió, para um bate-papo sobre comunicação, jornalismo, produção de notícias e combate à desinformação. A atividade fez parte do Itinerário Formativo TAC (Tema de Aprofundamento Curricular), conduzido pelas professoras Janaelle Monique Albuquerque e Egirlene Tenório da Silva.
Conforme Janaelle, o objetivo foi aproximar os estudantes da prática profissional e ampliar a compreensão deles sobre o funcionamento da comunicação. “Eu percebi que eles entendiam a informação, mas não o processo da comunicação em si. Então, lancei nas três turmas a ideia de conhecermos como funciona, de termos acesso aos profissionais que trabalham diariamente com as notícias. Eles ficaram super interessados. Hoje a gente encarou como uma prática daquilo que estavam tendo teoricamente, vivendo uma experiência proporcionada por vocês da Tribuna. Só temos a agradecer esse momento rico de aprendizagem”, destacou.

A professora explicou ainda como funciona o itinerário dentro da escola. “O TAC trabalha quatro eixos. Tivemos comunicação, educação financeira, competências digitais e iniciação científica. Esses itinerários foram implementados depois do ensino integral. São 26 matérias no total: as curriculares que já conhecemos, como português, matemática, física, química etc, e os itinerários com clube de dança, clube juvenil, Dote, TAC e outros. A ideia de trazer os alunos para a redação surgiu exatamente no eixo da comunicação”, ressaltou Janaelle.
Primeiras impressões: alunos descobrem como nasce uma notícia
Cheios de dúvidas e com muitos questionamentos, os alunos aproveitaram a oportunidade para conhecer melhor o processo de produção jornalística antes, durante e depois do conteúdo chegar aos públicos alvos.
O estudante Higor Luanderson Macena da Silva, 16 anos, do 1º ano, comemorou o aprendizado. “Eu não tinha muita sabedoria em relação a criação da notícia. Quando eu vim hoje, aprendi mais sobre como funcionam as mídias e achei muito legal. Foi uma experiência nova. Nunca tinha tido contato direto com profissionais assim como vocês. Esse conhecimento novo foi muito massa'', comentou analisando que a as notícias online cativam um público mais jovem, enquanto o impresso por ser reportagens mais aprofundadas com mais elaboração dos fatos é para as pessoas que consomem mais o jornalismo impresso que buscam por uma informação mais completa.
Já a estudante Maria Eduarda, do 1º B, que completou 16 anos hoje, destacou como a experiência ajudou a compreender melhor o que é informação confiável. “A gente vê tudo pelas telas, mas não sabe o que é verídico. Eu mesma não costumava procurar a fonte. Hoje entendi como é importante você saber o verídico e conseguir passar para outras pessoas de uma forma mais complexa. Sempre preferi o jornal impresso — talvez espírito antigo, mas nele há um material mais aprofundado que nos faz ter um senso crítico mais apurado. Acho mais interessante. Essa visita de fato foi um grande aprendizado.”

A aluna Naomy Mércia Clemente, do 1º ano técnico em Publicidade, ficou impressionada com a dinâmica de produção das matérias. “Aprendi que é uma forma bem dinâmica. Vocês dividem tudo de tal forma que cada um faz sua parte e juntando as informações vira algo leve, porém feito de forma organizada, apurada e ética, inclusive até para redes sociais e isso é muito importante, porque a comunicação faz parte da nossa rotina diária. Tudo agora é comunicação. A professora sempre explicou. Na escola, nas redes, na vida. É muito importante”, pontuou mostrando que entendeu os cuidados necessários em relação as fakes news. “A gente precisa procurar sites mais confiáveis, ver se outros sites têm a mesma informação e também procurar jornais impressos, porque nas redes sociais muita coisa pode ser modificada”.
Para a aluna Jaynara Benjamin da Silva, do 1º A, a visita mostrou que o jornalismo tem o poder de desenvolver o senso crítico do cidadão - seja ele, leitor, internauta, ouvinte ou telespectador. “Pra mim, comunicação é como se fosse uma aula para gente aprender a ser crítico. Procurar saber a fonte, saber opinar. Eu sou mais das redes, confesso, mas sempre que vejo uma pauta procuro saber as fontes — embora nem sempre a gente saiba se é verídico, mas com o conhecimento de hoje a gente consegue ficar mais atentos as desinformações''.
Comunicação, sociedade e responsabilidade: reflexões de uma educadora
A professora Egirlene Tenório, responsável por itinerários como o Laboratório de Integração Social, relacionou a visita ao papel social do jornalismo. “Um dos temas das minhas aulas foi justamente o poder da comunicação em todas as fases da vida. Trabalhamos temas sociais, econômicos e geográficos. Inclusive já debatemos a destruição que está acontecendo em Maceió por causa da exploração irregular da Braskem. Isso envolve poder econômico e suas consequências”.
Para ela, mostrar aos alunos como funciona um veículo profissional ajuda a combater a desinformação. “A importância é que eles vejam que, como no jornal de vocês, existem várias áreas e vários tipos de assunto. Eles aprendem sobre sociedade, economia, política. Quando vocês publicam sobre a Braskem, por exemplo, eles ficam cientes de como funciona a própria sociedade. E também entendem por que certos governos não contribuem com publicações, porque economicamente para eles é inviável. Então, essa abertura que vocês nos deram, essa troca de experiências com certeza foi especial e vai ajudar formar jovens conscientes e com senso crítico para debater as situações que podem enfrentar''.

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