Educação
Estudante bolsista é internada após sofrer ataques racistas em escola privada
Uma estudante de 15 anos foi internada após sofrer constantes ataques racistas e homofóbicos dentro de uma escola privada em São Paulo. A adolescente, bolsista integral do Colégio Presbiteriano Mackenzie, foi encontrada desacordada no banheiro da instituição no dia 29 de abril, apresentando sinais de tentativa de suicídio.
Segundo a família, a aluna vinha sendo alvo de agressões verbais e psicológicas desde que ingressou no colégio com bolsa filantrópica em 2023. Os insultos envolviam comentários racistas e homofóbicos, como "cigarro queimado" e "lésbica preta". Em um dos episódios mais graves, colegas teriam forçado a estudante a beijar um garoto no banheiro da escola, gravando a cena e ameaçando divulgar o vídeo nas redes sociais.
A mãe da adolescente relatou que, ao longo do último ano, denunciou repetidamente os ataques à escola, sem obter suporte adequado. A advogada da família, Réa Sylvia, reforça que a instituição estava ciente das agressões, mas não tomou providências para proteger a aluna.
Após ser resgatada, a estudante foi encaminhada à Santa Casa de São Paulo, onde permanece internada em tratamento psiquiátrico. A defesa da família busca garantir que o colégio arque com os custos de uma internação em hospital particular, evitando a transferência da jovem para um Centro de Atenção Psicossocial (CAPS). Segundo os advogados, a mãe da adolescente, que trabalha como autônoma, não tem condições financeiras para custear o acompanhamento psiquiátrico especializado que a filha necessita.
Em nota oficial, o Colégio Presbiteriano Mackenzie alegou que foi "surpreendido" pela situação e que prestou assistência imediata à estudante, acionando uma ambulância própria para encaminhá-la ao hospital. A escola afirma estar acompanhando o caso e mantendo contato com a família.
No entanto, a defesa da jovem contesta essa versão, alegando que a instituição só passou a se envolver no caso após sua repercussão na mídia.
O episódio gerou indignação nas redes sociais e trouxe à tona debates sobre racismo, bullying e responsabilidade das instituições privadas no acolhimento e segurança de alunos bolsistas. A família segue buscando medidas legais para responsabilizar o colégio e garantir o suporte necessário à recuperação da jovem.
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