Educação
Violência de gênero é tema de seminário em Maceió

A UNINASSAU Maceió promoveu, nesta terça-feira (25), o I Seminário Ser Mulher. Com o tema "Cadeira vazia: algumas mulheres perdem mais do que aulas", o evento teve como objetivo sensibilizar e mobilizar a sociedade e a comunidade acadêmica no combate à violência de gênero, contando com palestras de representantes de órgãos da rede de proteção às vítimas.
Anne Rafaele, coordenadora do curso de Psicologia da Instituição de Ensino Superior (IES), destacou a importância dos alunos compreenderem quais recursos estão à disposição para acolher e fortalecer as vítimas. “A cadeira vermelha simboliza essa luta, sendo essencial os estudantes adquirirem conhecimentos sobre a causa para aplicá-los em suas futuras carreiras. A IES continuará ajudando essas mulheres a se fortalecerem, concluírem seus estudos e, acima de tudo, preservarem suas vidas”.
A psicóloga Nazaré Oliveira, representante da AME, explicou que a ONG é dedicada ao acolhimento e suporte a vítimas de violência. “Oferecemos apoio tanto jurídico quanto psicológico. Direcionamos essas mulheres para reconstruir suas vidas, mesmo ao deixar o ambiente onde o agressor também é o provedor. É essencial mostrar que elas têm a capacidade de recomeçar e seguir em frente”.
De acordo com Juliana Modesto, advogada e representante da Associação das Mulheres Advogadas de Alagoas (AMADA), esse problema atinge a todos, independentemente de raça, cor ou classe social. “As consequências dessa violência ultrapassam o âmbito pessoal, afetando também a vida profissional, pois o impacto é levado para além do ambiente doméstico. Portanto, utilizar nossa profissão como uma ferramenta no enfrentamento dessa problemática é fundamental para nós, operadores do Direito”.
Segundo Vanessa Cavalcante, coordenadora do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CDDM), o órgão foi criado para suprir a necessidade de conectar as vítimas à rede de proteção, pois muitas desconheciam ou não sabiam como acessá-la. “Nosso trabalho é totalmente voluntário, com sede na parte alta da cidade, região com os maiores índices de violência e onde não há outros instrumentos, exceto o CDDM. Nosso objetivo é esclarecer os serviços ofertados e mostrar as opções disponíveis para acolhimento”.
Bárbara Borges, estudante do curso de Direito da UNINASSAU Maceió, destacou a importância de debater o tema no ambiente universitário. “Este evento nos ensina, enquanto mulheres, como nos defender e denunciar. Além de adquirirmos o conhecimento para auxiliar outras no processo de denúncia e oferecer o suporte necessário. Também nos proporciona uma visão clara sobre as instituições disponíveis para ajudar as vítimas, ampliando nossa rede de proteção e apoio”.
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