Economia
Coité do Nóia surge como nova fronteira mineral em Alagoas
Estudo da UFS, divulgado em 2023, identifica potencial depósito de ouro no solo da cidade

Município localizado na Região Agreste e com aproximadamente 12 mil habitantes, Coité do Nóia, no Agreste alagoano, surge como a nova fronteira mineral no estado de Alagoas.
Na mesma região, o município de Craíbas tem atividade da mineradora desde o ano de 2021, com a extração de cobre, ferro e ouro no Povoado Serrote da Laje. Em março deste ano, o grupo chinês Baiyin Nonferrous adquiriu a Mineradora Vale Verde por US$ 420 milhões, ou seja, mais de R$ 2,3 bilhões de reais.
Agora, um estudo recém-divulgado e realizado no ano de 2023, pela Universidade Federal de Sergipe (UFS), aponta para um depósito aurífero (ouro) no solo do município de Coité do Nóia, que está situado a 122 km de Maceió.
A pesquisa acadêmica e científica, apresentada pela pesquisadora Ana Luiza Santos Sena, e que está sendo atualizada pela empresa canadense Pacific Bay Minerals, mostra que existe um depósito aurífero, intitulado Pereira Velho.
Área
A área do estudo compreende os Domínios do Rio Coruripe, onde se encontra inserido o Complexo Arapiraca. O foco do estudo compreende aproximadamente 31,823 km² na região do município de Coité do Nóia, na área central de Alagoas, e que abrange os municípios de Limoeiro de Anadia e Taquarana.
A Tribuna teve acesso ao estudo geológico, realizado no ano de 2023, que coletou amostras de solo que apresentaram teores de ouro variando entre 1 ppb e 1090 ppb, com um background igual a 135,4 ppb.
Por meio de consultas a geólogos que atuam na região, ficou evidenciado que, na área pesquisada, o solo apresenta concentrações acima do normal, que segue uma direção NW-SE e coincide com uma zona de cisalhamento, estrutura geológica que pode ter influenciado a presença do ouro.
Os maiores teores do depósito estão na parte noroeste da anomalia, sugerindo uma área com potencial mineral para exploração.
Extensão do depósito de ouro no município ainda está sendo pesquisada
A empresa multinacional canadense Pacific Bay Minerals revelou, no início desta semana, a assinatura de uma extensão da Carta de Intenções não vinculativa previamente anunciada com a Appian Capital Advisory LLP para adquirir 100% de participação no projeto de ouro Pereira Velho, localizado entre os municípios de Craíbas e Arapiraca, no Agreste de Alagoas.
A aquisição inclui 11 concessões minerais, totalizando 14.596 hectares, de acordo com a apresentação do relatório técnico 43-101 relacionado ao Projeto Pereira Velho, que está situado no Agreste de Alagoas, uma jurisdição emergente de ouro e metais básicos, com minérios e concentrados de cobre que são a segunda maior exportação do estado.
O projeto está posicionado a 25 quilômetros da mina de cobre Serrote da Laje, em Craíbas, e que no último mês de março foi adquirida pelo grupo chinês Baiyin Nonferrous por US$ 420 milhões, ou seja, mais de R$ 2,3 bilhões de reais, reforçando o potencial de desenvolvimento e a crescente importância estratégica mineral do Agreste alagoano.
O empreendimento da mina já conta com acesso rodoviário pavimentado, rede elétrica nas imediações e a proximidade com Arapiraca, a segunda maior cidade de Alagoas com população estimada em 240 mil habitantes.No documento, o Projeto Pereira Velho vai se beneficiar da infraestrutura existente e de uma força de trabalho local qualificada da mina.
O estudo técnico revela uma área com 14.596 hectares que abriga uma anomalia de ouro no solo de mais de 2,5 quilômetros. Foram registrados 6.363 metros de perfuração com diamante em 47 furos entre 2018 e 2022. Os resultados históricos confirmaram mineralização aurífera disseminada e próxima à superfície, hospedada em unidades fraturadas de quartzito e gnaisse.
O trabalho fundamentou uma estimativa histórica de recursos protocolada na Agência Nacional de Mineração (ANM) em 2023. A estimativa inclui 23.700 onças (1.156.000 toneladas a 0,64 g/t Au) de ouro na categoria Medida, 44.200 onças de ouro (969.000 toneladas a 0,66 g/t Au) na categoria Indicada e 40.500 onças (2.098.000 toneladas a 0,6 g/t Au) na categoria inferida em material oxidado e destaca a presença de ouro livre, apoiando o potencial para desenvolvimento de baixo custo, a céu aberto, no estilo lixiviação em pilha.
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