Economia
Preço médio da refeição fora do lar sobe 11% em Maceió e passa dos R$ 54
Estudo mostra que preço subiu quase 13% no Nordeste, foi realizado nas cinco regiões brasileiras, 22 estados, no total de 51 cidades, e é o mais abrangente do país
O preço médio da refeição completa fora do domicílio subiu 11% em Maceió e é de R$ 54,32, de acordo com a pesquisa anual realizada pela Associação Brasileira das Empresas de Benefícios ao Trabalhador (ABBT). O valor está acima da média nacional pesquisada, que ficou em R$ 51,61, com alta de 10,8%, segundo o estudo.
O preço da capital alagoana também está acima da média da região Nordeste na pesquisa, que está em R$ 49,09 para a refeição completa e é quase 13% maior do que em 2023. Comer fora de casa em Maceió, entretanto, ainda registra um preço abaixo da região Sudeste que apresentou o valor mais alto: R$ 54,54. O estudo considera como completa uma refeição composta por: prato principal, bebida não alcoólica, sobremesa e café.
A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em inteligência de mercado. Os valores dos preços médios da refeição completa e as respectivas variações por região estão a seguir:
Tabela 01: preço médio da refeição completa por região
Confira na tabela 02 as altas de preço médio da refeição nas principais cidades do Nordeste:
Preço médio da refeição completa, nas capitais da região Nordeste
Impacto de 35% sobre os salários
A pesquisa contratada pela ABBT também busca mostrar o impacto do preço da alimentação fora do lar sobre o salário dos trabalhadores do Nordeste. O salário médio da região é estimado em R$ 2.104,00 no primeiro trimestre deste ano.
Desta forma, para se alimentar por 22 dias por mês o trabalhador, apenas com um prato básico de refeição, o trabalhador da região Nordeste gastaria R$ 737,22 ou 35% do seu salário de médio.
Benefício melhora a alimentação
Para a ABBT, o resultado da pesquisa reforça a importância do Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT), na medida em que propicia, e até induz, a compra de uma alimentação saudável e com qualidade nutricional. A pesquisa aponta que o trabalhador usuário do vale-refeição consome 43% mais feijão, arroz, salada e 33% mais carne, quando se compara com aqueles que não possuem esse benefício. Isso demonstra a relevância do PAT como programa social, sendo o mais importante para o trabalhador brasileiro.
Preço médio por categoria
Para calcular o preço médio, a pesquisa considera os preços das quatro categorias mais comuns na alimentação fora de casa do Brasil, sempre de acordo com o prato principal, bebida, sobremesa e café.
Tabela 03 – preço médio da refeição completa, por categoria:
Ranking das capitais
No total foram pesquisadas 51 cidades, de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal e com 5.640 preços coletados. O estudo considera refeição completa um prato consumido num self-service, acompanhada de bebida não alcóolica, sobremesa e cafezinho.
O preço médio mais alto da refeição completa entre as capitais foi registrado em Florianópolis (SC) que atingiu R$ 62,54, valor 11% acima do ano passado e quase R$ 11,00 maior do que a média nacional. Outros destaques são o Rio de Janeiro (RJ), com R$ 60,46, e São Paulo (SP) que apresenta o preço médio de R$ 59,67.
Metodologia
O estudo foi realizado de março a maio de 2024, em 4.502 estabelecimentos comerciais, divididos nas cinco regiões, em 22 estados e no Distrito Federal. No total foram pesquisadas 51 cidades, com 5640 preços coletados. A pesquisa foi encomendada pela ABBT à empresa Mosaiclab, especializada em pesquisa de mercado.
Sobre o PAT
O Programa de Alimentação ao Trabalhador (PAT) é um programa governamental de caráter social, criado em 1976 pela Lei nº 6.321, sendo considerado um dos mais bem-sucedidos e consolidados do mundo. As empresas que aderem ao PAT conquistam isenção de encargos sociais e dedução fiscal. O objetivo é melhorar as condições nutricionais dos trabalhadores, o que repercute de maneira positiva na qualidade de vida, na redução de acidentes de trabalho e no aumento da produtividade. Atualmente o PAT beneficia mais de 22 milhões de trabalhadores de aproximadamente 300 mil empresas. Uma rede conveniada de 800 mil estabelecimentos em todo o Brasil atende aos trabalhadores beneficiados.
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