Economia

Bares e restaurantes seguram os preços à espera do Carnaval

O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de janeiro mostra uma desaceleração da inflação nos estabelecimentos do setor, apesar da alta nos custos de insumos

Por Assessoria 09/02/2024 09h37
Bares e restaurantes seguram os preços à espera do Carnaval
De acordo com os dados do IPCA divulgados nesta quinta-feira (08), os estabelecimentos registraram uma inflação de 0,25% - Foto: Freepik

Os bares e restaurantes seguraram os repasses de preços dos insumos em janeiro. De acordo com os dados do IPCA divulgados nesta quinta-feira (08), os estabelecimentos registraram uma inflação de 0,25%, enquanto a inflação da alimentação dentro do domicílio atingiu 1,81%. Esta diferença reflete os esforços dos empreendedores em evitar repassar integralmente os aumentos de preços aos consumidores.

Os alimentos e bebidas, principais insumos para bares e restaurantes, também apresentaram um aumento significativo, chegando a 1,53%, apontando para desafios adicionais enfrentados pelo setor. Pesquisa recente divulgada pela Abrasel já apontava que 49% dos empreendedores do setor não conseguiram reajustar os preços de seus produtos de acordo com a inflação.

“Vamos acompanhar o comportamento de perto, pois pode haver influência de sazonalidade no preço dos insumos, o que é comum. Mas é claro que preocupa esta diferença. A boa notícia é que com o aumento da inflação na alimentação dentro do domicílio, em termos relativos ficou mais barato para o consumidor comer fora de casa, na comparação com os preços praticados pelos supermercados”, afirma o presidente da Abrasel, Paulo Solmucci.

Os números da pesquisa da Abrasel indicam que, no mês de dezembro, 52% das empresas operaram sem lucro, com 18% registrando prejuízo e 34% conseguindo manter-se em equilíbrio financeiro. No entanto, o Carnaval traz boa expectativa. Quatro em cada cinco estabelecimentos (81%) pretendem abrir durante a folia. E, destes, 75% esperam faturar mais na comparação com o Carnaval do ano passado. A média esperada de aumento no faturamento é de 10% a 15% em relação a 2023.