Economia

“Governo Bolsonaro deteriorou a economia”

Governador Renan Filho faz críticas à política econômica que aumenta preços no país

Por Carlos Victor Costa 12/10/2021 11h43
“Governo Bolsonaro deteriorou a economia”
Reprodução - Foto: Assessoria
O governador Renan Filho (MDB), declarou na última segunda-feira (11), durante entrevista coletiva em Murici, onde assinou ordem de serviço para construção de creches no município em que ele já foi prefeito em duas oportunidades, que a alta nos preços dos combustíveis e alimentos é decorrente da política econômica do presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) e seu ministro da Economia, Paulo Guedes. “Durante esse meu governo já houve um impeachment de uma presidenta, a Dilma Rousseff [PT], depois assumiu Michel Temer [MDB] que também sofreu o processo de impeachment e não foi cassado porque venceu no voto na Câmara dos Deputados. Depois, ganhou a eleição Jair Bolsonaro que veio para mudar tudo. O discurso dele de campanha era para mudar tudo e vem mudando mesmo, só que para pior. A economia no Brasil se deteriorou ao longo dos últimos anos. O país está mais pobre do que estava em 2014, mas mesmo assim aqui em Alagoas a gente gera emprego, diminui violência, investe em educação e saúde. É na adversidade que você tem que trabalhar mais e Alagoas segue firme e avançando”, avalia o governador ao mesmo tempo em que critica a política econômica do governo federal. Segundo o governador, as mudanças na política do ICMS (Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual, Intermunicipal e de Comunicação) propostas pelo Congresso Nacional não afetarão o poder de investimento de Alagoas. No entanto, ele avalia que a política tributária do país precisa ser revista no Congresso. “Eles [os deputados federais] precisam discutir com amplitude toda a carga tributária do país, porque o presidente da República fala dos impostos dos combustíveis, só não fala que 60% dos impostos pagos pelos brasileiros ficam com a União, 25 % com os estados e os municípios só com 14%. Ou seja, estados e municípios ficam apenas com 40% da carga tributária e a União com 60%. Daí, a União não quer abrir mão de nada. Não abre mão das contribuições que são a maior fonte de arrecadação e deseja fazer somente os estados abrirem mão de sua arrecadação, porque no fundo, o presidente também tem o desejo de que os governos tenham menos capacidade de investimentos. Essa é a filosofia”, contextualiza o governador. De acordo com Renan Filho, o combustível está muito caro e a Petrobras não pode repassar o preço do dólar diariamente para o preço da gasolina e do diesel, pois só serve para remunerar o capital. “Isso é política do ministro Paulo Guedes que recentemente foi pego com as contas nas ilhas Cayman e que o dinheiro dele lá é em dólar e quando o dólar aqui sobe aumenta o combustível e aumenta o patrimônio de Paulo Guedes em reais lá nessas ilhas onde ninguém paga imposto. Então, esse é o governo federal que tenta contar uma fake news mil vezes para torná-la verdade, mas as pessoas não estão acreditando nesse governo, nas políticas de Paulo Guedes. Porque ao mesmo tempo o Brasil bate recorde de desemprego, de inflação alta, de empobrecimento da nossa população, além de piorar a distribuição de renda do país. Ou seja, o governo erra em tudo que é importante na economia”.