Economia

Ibovespa fecha em alta com foco em eleição nos EUA e cena corporativa

Volume financeiro somou 29,3 bilhões de reais

Por Reuters 04/11/2020 17h34
Ibovespa fecha em alta com foco em eleição nos EUA e cena corporativa
Reprodução - Foto: Assessoria
O Ibovespa fechou em alta nesta quarta-feira, com Itaú Unibanco entre os principais suportes após balanço trimestral e planos para sua participação na XP, mas sem conseguir sustentar os 98 mil pontos em meio ao desfecho ainda indefinido para a eleição presidencial nos Estados Unidos. Índice de referência do mercado acionário brasileiro, o Ibovespa subiu 1,97%, a 97.866,81 pontos. Na máxima, chegou a 98.296,35 pontos. O volume financeiro somou 29,3 bilhões de reais. Quando o pregão fechou, o democrata Joe Biden liderava a corrida eleitoral nos EUA, mas o presidente Donald Trump fazia alegações não comprovadas de fraude eleitoral, enquanto sua equipe pediu recontagem de votos em Wisconsin e Michigan. Wall Street teve uma sessão de forte valorização, com papéis de tecnologia e de saúde entre os destaques positivos, em meio a percepções de que reduziram as chances de os democratas formarem maioria no Senado, e assim de mudanças nas políticas em andamento, incluindo fiscais. Na visão do diretor de investimentos da Kilima Gestão de Recursos, Eduardo Levy, a B3 acompanhou as bolsas no exterior, que, por sua vez, refletiram perspectivas de que Biden deve consolidar a posição e ser declarado vitorioso, bem como de que os republicanos continuarão com a maioria no Senado. “Isso é extremamente importante para as empresas americanas, porque sem o Senado os democratas não conseguem passar aumentos de impostos facilmente”, explicou. “Foi uma dobradinha de estabilidade na presidência com uma segurança maior no que diz respeito aos impostos” que apoiou os ganhos, disse. No Brasil, dados macroeconômicos como o crescimento acima do esperado da produção industrial em setembro, e movimentações em Brasília, onde o Senado aprovou na terça-feira a proposta que confere autonomia formal ao Banco Central, dividiram os holofotes com o noticiário corporativo. Também no plano doméstico, o Senado e a Câmara rejeitaram o veto presidencial à prorrogação da desoneração da folha de pagamento a mais de 17 setores da economia.