Economia

Vários itens da cesta básica já estão mais caros

Para consumidores, reajuste é um efeito da pandemia; presidente da ASA diz que elevação acontece em todo o país

Por Tribuna Independente com Lucas França 14/05/2020 07h29
Vários itens da cesta básica já estão mais caros
Reprodução - Foto: Assessoria
Os alagoanos estão tendo que desembolsar mais dinheiro no momento de fazer a feira, isso porque vários produtos tiveram elevação no preço. Para os consumidores, os reajustes são um efeito da pandemia do novo coronavírus (Covid-19). Segundo o consumidor Ivam Fausto, em uma compra que em média gastava de R$250 a R$300, agora sai a R$400. “Muitos itens tiveram o valor elevado. Mês passado consegui fazer uma feirinha para duas pessoas com muitos itens. Este mês já não tem como levar tudo. O jeito foi diminuir na quantidade de vários produtos”, disse. Os itens que mais tiveram alta foram os alimentos da cesta básica, como feijão, que antes era comercializado em média por R$5, e agora passou a ser vendido por R$7,49 no supermercado pesquisado da parte alta de Maceió. O feijão pode variar de preço a depender da marca do produto, chegando até a R$8 em outros estabelecimentos. A bandeja de ovos também está entre os itens que foram reajustados. Antes, uma com 30 unidades, podia ser comprada entre R$10 e R$12 no máximo. Agora o produto em grande parte dos supermercados custa entre R$12 e R$15. Também é possível notar reajustes em produtos de limpeza e higiene pessoal. No setor de hortifruti, a situação não é diferente. Tomate, batata, cebola, e algumas frutas tiveram os preços reajustados. Segundo os comerciantes, o custo da produção do alimento cresceu este ano em comparação com o mesmo período do ano passado. E a elevação do dólar também está colaborando para o aumento. Associação de supermercados atribui aumento a período de safra O presidente da Associação dos Supermercados de Alagoanos (ASA), Raimundo Barreto, diz que os novos valores já estão  sendo praticados há cerca de um mês. “Na verdade, são produtos que de fato tiveram reajustes - mas os valores aumentaram em todo o país, por conta da safra (época). São produtos que estão sujeitos a baixar a qualquer momento. A cebola está na faixa de R$4, 5, 6, mais pode baixar para R$2 por exemplo, assim como os demais. Isso é tudo por conta do período de safra. Quando o produto está escasso na produção, o que acontece é o aumento mesmo. Do mesmo modo que quando está sobrando produto, a safra está boa, ele baixa o valor”, explica Raimundo confirmando que alguns produtos também tiveram elevação por conta do dólar. Barreto ressalta que no momento, os valores estão dentro do normal e acontece em quase todo território nacional. “Estamos negociando com os fornecedores, pedindo descontos para conseguir baixar para o consumidor final. Essa é uma corrente, não fazemos preço, e sim repassamos, mas é uma briga de todos’’. O presidente da ASA lembra ainda que os alagoanos não precisam fazer corrida de pessoas aos supermercados com o objetivo de estocar alimentos essenciais em casa. “Não há necessidade para isso, pois não vai faltar. Se você comprar demasiadamente aí sim faltaria para outras pessoas. Mas os supermercados estão abastecidos, não existe registro de falta de produtos no estado. No início, de fato havia esse medo, mas agora não tem essa aglomeração como estava. Está dentro do normal agora. Muita gente já compra logo uma feira completa para o mês todo para não precisar ter que voltar outras vezes, e isso é importante. O que de fato faltou foi álcool em gel, mas essa escassez já foi normalizada”. A reportagem da Tribuna Independente entrou em contato com a Secretaria de Estado da Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura (Seagri), para saber como estão os preços de alimentos produzidos no estado, e se estão acompanhando a alta nos preços comercializados, mas até o fechamento desta edição não tivemos retorno.