Economia
Após acusação de racismo, marca abandona slogan para papel higiênico preto
Campanha da Personal tinha atriz Marina Ruy Barbosa como garota-propaganda; uso de hashtag criada por ativistas negros foi criticado na internet

A campanha teve como garota-propaganda a atriz Marina Ruy Barbosa. A peça mostra Marina 'vestida' apenas com o papel higiênico. A campanha foi criada pela agência Neogama e usava hashtag "BlackIsBeautiful" para sua divulgação.
Em comunicado divulgado nesta terça-feira, a marca disse que a mensagem "foi selecionada com o objetivo de destacar um produto que segue tendência de design já existente no exterior e trazida pela Santher para o Brasil. Nenhum outro significado, que não seja esse, foi pretendido" (leia a íntegra no fim da matéria).
A marca também pediu "desculpas por eventual associação da frase adotada ao movimento negro" e disse que a retiraria da divulgação da campanha.
Polêmica Anderson França critica campanha de papel higiênico preto (Foto: Reprodução/Facebook)A polêmica começou após o escritor Anderson França, o Dinho, publicar um texto sobre a campanha em seu perfil no Facebook. Ele acusou a marca de papel higiênico de se apropriar de uma expressão usada por miliantes negros durante a luta dos direitos civis nos anos 60.
"Numa atitude racista e irresponsável, consciente e deliberada, (a Santher) decidiu que essa expressão deve remeter a papel higiênico, cuja função qualquer pessoa conhece", escreveu. Ele ainda classificou o episódio como "um dos mais graves ataques racistas praticados por uma empresa brasileira".
Às 17h50 desta terça-feira, o post do escritor tinha 2.531 compartilhamentos, 1,1 mil comentários e 7,8 mil curtidas.
Posição da empresaA Santher produz 155 mil toneladas de papéis descartáveis e 45 mil toneladas de papéis para uso industrial por ano. É dona também da marca de absorventes Sym, das toalhas e guardanapos Snob e Santepel e dos lenços Kiss.
Veja o comunicado da companhia na íntegra:
“A mensagem criativa da campanha para o produto Personal Vip Black foi selecionada com o objetivo de destacar um produto que segue tendência de design já existente no exterior e trazida pela Santher para o Brasil. Nenhum outro significado, que não seja esse, foi pretendido.
Refutamos toda e qualquer insinuação ou acusação de preconceito neste caso e lamentamos outro entendimento que não seja o explicitado na peça.
Desta forma, Santher e Neogama vem a público informar que tal assinatura foi retirada de toda comunicação da campanha e apresentar suas desculpas por eventual associação da frase adotada ao movimento negro, tão respeitado e admirado por nós”.
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