Cidades

Após 24 anos do crime, homem é condenado em Maceió

Por Assessoria MPE/AL 28/11/2025 10h08
Após 24 anos do crime, homem é condenado em Maceió
Júri foi representado pela promotora de Justiça Adilza de Freitas - Foto: Ascom MP/AL

Foram mais de duas décadas, uma família desestruturada, uma criança com Síndrome de Down órfã com regressão, mas, nem a quantidade de anos impediu que Antônio Santos sentasse, nessa quarta-feira (26), no banco dos réus e fosse condenado. Graças à boa atuação do Ministério Público de Alagoas (MPAL), no júri representado pela promotora de Justiça Adilza de Freitas, a sociedade pode registrar a sua punição com sentença de 9 anos, quatro meses e 15 dias de prisão em regime fechado, pela morte de José Francisco de Oliveira. O crime, entendido como homicídio simples, ocorreu em 2021, na capital alagoana.

O Ministério Público acata o resultado como fazimento de justiça, aliviando a dor dos parentes e mostrando para a sociedade alagoana que nem o tempo pode impedir que criminosos paguem pelos seus atos.

“Quando entramos no salão do júri, preparados para defender a vida, sentimos a dor de quem perde seu ente querido, as sequelas carregadas durante anos, e lutamos para que as famílias enlutadas saiam de lá aliviadas, convictas de que foi dada uma resposta. Foi o que aconteceu nesse júri, cujo crime aconteceu há 24 anos. O Conselho de Sentença entendeu que o réu deveria pagar pela violência cometida, matar uma pessoa impedindo a criança especial de ter uma vida com assistência, pois o pai era quem mantinha toda a família”, disse a promotora Adilza de Freitas.

Consta nos autos, que vítima e réu eram conhecidos, envolveram-se em uma discussão onde, na ocasião, Antônio ameaçou Francisco e, em seguida, foi embora. No entanto, minutos após retornou e deflagrou vários tiros. Acometido de uma frieza alarmante, Antônio, além de atirar, pisou no pescoço da vítima que já agonizava no chão dizendo “ eu não disse que ia lhe matar”? Estendendo as ameaças aos moradores do local que, ao ouvirem os estampidos, saíram para averiguar e viram a tortura que cometia com a vítima.

Com o assassinato de José Francisco, a família ficou desassistida financeiramente e o filho com necessidades especiais desenvolvido depressão precisando de acompanhamento com psiquiatra.