Cidades
Secretário de Agricultura destaca geração de renda em produção agroecológica localizada em Maceió
Fazendinha de 68 hectares é exemplo de produção sustentável na região metropolitana de Alagoas
Quem disse que em Maceió não tem agricultura? No Flexal, um dos bairros da capital alagoana, uma fazendinha agroecológica é sustento de dez agricultores familiares, que tiram renda na produção de milho, macaxeira, feijão, manga, coco e banana e já comercializaram mais de três toneladas de alimentos para o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA). E agora se preparam para fazer sua primeira entrega de produtos orgânicos.
Com a venda direta para o PAA, que é executado pelo Instituto de Inovação para o Desenvolvimento Rural Sustentável de Alagoas, os agricultores já receberam R$ 17 mil, um incremento na renda familiar, fruto da produção agroflorestal na fazendinha, que conta com uma área de 68 hectares, sendo 28 hectares agricultáveis.
“A agricultura familiar é vida e dentro de Maceió está ajudando muito a comunidade dos Flexais e está ajudando a gente a sobreviver, tanto com uma alimentação saudável para a mesa das famílias, mas também para melhoria de vida e manter nossas famílias”, ressaltou o agricultor Cícero Lopes de Oliveira.
Os agricultores são acompanhados pela assistência técnica da Emater Alagoas, que realizou uma série de capacitações e, junto com a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Seagri) e a Superintendência de Agricultura e Pecuária do Estado de Alagoas (SFA) do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), entregou as certificações de produção agroecológica e de orgânicos na última quarta-feira (19).
O secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Marcelo Melo, esteve presente à solenidade de entrega, que ocorreu na sede da ONG Viva Mundaú, em Fernão Velho. Ele destacou a importância da agricultura local que, mesmo em uma área urbana, mostra que é possível produzir alimentos de qualidade, com responsabilidade ambiental e com compromisso social, mostrando na prática que uma capital pode e deve ser também um espaço de produção agrícola.
“A fazendinha que eles mantêm é uma verdadeira vitrine viva, um exemplo de como a agroecologia gera renda, fortalece comunidades e leva alimento saudável para a mesa da população. E a Seagri é parceira desse projeto. Desde 2024, já entregamos mais de 3 toneladas de sementes de milho e feijão do programa Planta Alagoas para apoiar e fortalecer o trabalho dos produtores de Maceió”, afirmou.
Ele também destacou que o Governo do Estado vai lançar a Política Estadual de Agroecologia e Produção Orgânica, a Peapo. O decreto será um marco, que vai orientar Alagoas em um caminho de transição agroecológica, de estímulo à produção orgânica, de proteção ambiental e de promoção à saúde e à qualidade de vida no campo e nas cidades. “Seguiremos avançando, construindo políticas públicas que deem segurança e futuro a quem planta”, afirmou o gestor da pasta.
O presidente da ONG Viva Mundaú, Sandro Nazário, agradeceu o apoio do Governo de Alagoas, através da Seagri e a Emater Alagoas, para o estímulo à produção dentro da capital alagoana: “Sem os investimentos que a agricultura familiar está tendo hoje, a gente não ia sair do mapa da fome. E a tendência agora é só evoluir porque estamos provando que a capital também planta. E esse alimento vai para a mesa das famílias alagoanas”.
A solenidade de entrega dos certificados também contou com a presença do presidente da Emater Alagoas, Areski Freitas; do superintendente do Mapa em Alagoas, Jorge Marques, o secretário executivo de Agricultura Familiar, Ronaldo Targino, o presidente do Conselho Municipal de Segurança Alimentar (Consea) Maceió, Pedro Oliveira, representantes da Embrapa Alimentos e Territórios e demais técnicos da Emater.
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