Cidades
Equatorial Alagoas é denunciada por obrigar trabalhadores a vender parte das férias
Empresa estaria impondo a venda de 10 dias de férias, prática que fere a legislação trabalhista

O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas recebeu uma série de denúncias de trabalhadores da Equatorial Alagoas, relatando que a empresa estaria impondo a venda de 10 dias de férias, prática que fere a legislação trabalhista.
De acordo com os relatos, os trabalhadores e trabalhadoras deveriam ter o direito de escolher entre usufruir integralmente dos 30 dias de férias ou vender até 10 dias, decisão que cabe exclusivamente ao trabalhador. Entretanto, a Equatorial estaria impondo a venda parcial, permitindo apenas 20 dias de descanso e pagando os 10 restantes como abono.
Os eletricistas estão entre os mais atingidos pela medida. Muitos afirmam querer usufruir dos 30 dias de descanso integral, mas, mesmo diante dessa manifestação, a empresa divulgou a escala de férias já prevendo a venda compulsória dos 10 dias.
Os trabalhadores e trabalhadoras também não podem escolher o período das férias, sendo informados, no máximo, um mês antes, impedindo uma programação familiar com antecedência, visando o gozo das férias de forma planejada.
“O trabalhador tem o direito de escolher. A lei garante a opção. A empresa não pode obrigar ninguém a vender parte das férias, mas está fazendo isso. A grande maioria se posicionou querendo os 30 dias, e mesmo assim a Equatorial divulgou uma escala impondo apenas 20”, denunciou Dafne Orion, presidenta dos Urbanitários de Alagoas.
Segundo o Sindicato, a empresa quer reduzir custos, evitando a redução no número de equipes. Porém, os trabalhadores destacam que o descanso integral é um direito fundamental, especialmente em uma categoria exposta a riscos diários como os eletricistas.
A presidenta do Sindicato dos Urbanitários Dafne Orion repudia a postura da Equatorial Alagoas: “É inaceitável que uma empresa que lucra bilhões às custas da exploração da energia elétrica trate seus empregados dessa forma, desrespeitando um direito básico assegurado pela CLT. O descanso de 30 dias é fundamental para a saúde física e mental do trabalhador. Não aceitaremos imposições ilegais e estamos tomando todas as medidas jurídicas e políticas cabíveis para barrar mais esse ataque da empresa contra seus empregados.”
A prática, além de ilegal, tem gerado grande indignação entre os trabalhadores e trabalhadoras, que se sentem desrespeitados e pressionados. O Sindicato dos Urbanitários afirma que seguirá mobilizado para garantir o cumprimento da lei e proteger o direito de escolha da categoria.
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