Cidades
Pesquisa da Ufal sobre plástico no cordão umbilical gera preocupação
Estudo deixa alagoano em dúvida sobre os efeitos do microplástico no organismo
Os alagoanos ficaram bastante preocupados com o resultado da pesquisa feita pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) que indicou presença de microplásticos em placentas e cordões umbilicais de bebês nascidos na capital alagoana.
O estudo é primeiro na América Latina e o segundo no mundo. Os resultados foram publicados na última sexta-feira, 25, na revista Anais da Academia Brasileira de Ciências.
Como os microplásticos estão presentes até mesmo no ar, não é possível determinar com precisão a fonte da contaminação, mas os pesquisadores da Ufal acreditma que a poluição marinha tenha grande contribuição, já que a população alagoana consome muitos peixes e frutos do mar, inclusive moluscos filtradores.
Outro ponto de origem importante é a água mineral envasada, que adquire as partículas de forma ainda mais acelerada quando os galões recebem luz solar.
A preocupação dos alagoanos é um reflexo de necessidade em continuar consumindo justamente os produtos citados como possíveis responsáveis pelo achado do estudo: água e frutos do mar.
Afinal, como substituir a ingesta de água potável e frutos do mar em uma tentativa de evitar esse tipo de contaminação?
A autônoma Priscilla Xavier trabalha vendendo lanches. E beber água, muita água, é praticamente uma obrigação diária para manter a saúde e bem-estar com a hidratação em dia.
Ela soube da pesquisa e disse ter ficado bastante assustada com a possibilidade de as pessoas estarem consumindo um produto tão essencial para a saúde e estarem comprometendo justamente a saúde.
“Sou mãe e fiquei pensando nessa possibilidade. De nossos filhos tão novos, já estarem com resíduos plásticos em seu organismo. É preocupante!”.
Avó de oito netos, muitos dos quais ainda bebês, Helena Pereira Gomes contou que a família se reúne à mesa em torno de um bom almoço feito à base de peixe.
E agora não sabe mais como fazer para manter a boa alimentação de todos em casa. “A gente já come peixe porque os médicos dizem que peixe é mais saudável que carne. E agora o peixe tá com plástico dentro do corpo dele porque o homem polui o mar e os rios. A gente vai comer o quê, indagou a avó, experiente.
O estudante João Vitor do Carmo afirmou que a pesquisa revela os males que os humanos estão fazendo ao meio ambiente. “Infelizmente, era de se esperar. Estão tratando a natureza como se fosse um verdadeiro lixeiro a céu aberto.
Amigas de trabalho, Márcia Pimentel e Ana Paula Bernardino acompanharam, com bastante espanto, o resultado da pesquisa. Segundo elas, está cada vez mais difícil manter uma alimentação saudável com os produtos sendo expostos a tantos agentes poluentes.
“Como se não faltassem todos os tipos de poluição as quais estamos expostas, agora até um simples gole de água pode despejar micro partículas de plástico no nosso organismo. Absurdo”, frisou Ana Paula.
A reportagem entrou em contato com algumas empresas envasadoras de água mineral. Até o fechamento desta edição, não houve retorno de nenhuma delas.
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