A empresária Mariana Maia, que teve o apartamento incendiado na Ponta Verde, em Maceió, pelo ex-companheiro, usou suas redes sociais para fazer um apelo a Justiça, após Marcello Gusmão, ser solto. A vítima falou que teme por sua vida e se diz em pânico, com ‘’medo de virar estatística’’.

A postagem da empresária aconteceu após o suspeito ser solto devido ao Ministério Público de Alagoas (MP/AL) perder o prazo para se manifestar sobre as acusações contra o empresário.

“Essa decisão é uma coisa que eu não consigo entender, como que a justiça de Alagoas determinou que ele fosse solto? Estou em pânico depois que recebi essa notícia. Eu temo pela minha vida, temo pela vida dos meus filhos, da minha família", falou Mariana em seu perfil no Instagram.

Veja abaixo o apelo da empresária

"Pelo amor de Deus, Justiça de Alagoas e Ministério Público, me ajudem. Eu peço socorro de verdade, estou com muito medo e preciso muito da ajuda de vocês. É muito injusto o Marcelo está solto, não quero virar estatística, eu não quero virar mais um número. Todos os dias vocês vêm notícias de mulheres que foram mortas e o que é que vai acontecer comigo? Não quero que isso aconteça comigo, eu tenho filho para criar, eu tenho uma filha pequena de seis anos que precisa de mim", destacou a vítima acrescentado: “Eu estou apavorada, não quero virar estatística”

Além dos stories, Mariana Maia também deixou um vídeo publicado no feed solicitando que a Justiça não espere o pior acontecer e emocionada dizendo que precisa criar os filhos.

"Eu sinto que eu devo ficar trancafiada dentro de casa para que o Marcello esteja em liberdade. O Marcelo não saiu com uma tornozeleira eletrônica, eu não tenho botão de pânico, ele pode sair do estado sem avisar por sete dias. De qualquer forma, ele está livre. Eu que me sinto presa diante dessa situação, eu temo pela minha vida'', ressaltou.

Marcello Gusmão estava preso há dois meses, após a polícia concluir que ele teria incendiado o apartamento da empresária em fevereiro deste ano. A intenção era que a vítima não viajasse.

Nesta quarta-feira (23), o MP/AL se manifestou alegando que houve uma falha técnica na remessa do processo, conforme a promotora de Justiça Ariadne Dantas.

"O Ministério Público vem a público esclarecer que houve uma falha técnica na remessa do processo, que se iniciou no Juizado da Violência Doméstica e foi remetido posteriormente para a Vara do Tribunal do Júri. Em todo o caso, desde já, informamos que discordamos dos fundamentos postos da decisão judicial e adotaremos as medidas cabíveis para que o caso seja devidamente reapreciado", Ariadne Dantas, Coordenadora do Núcleo de Defesa da Mulher do MP/AL.