Cidades
Professores e técnicos da Ufal e Ifal protestam no elevado do Cepa
Categoria aguarda acordo com o Governo Federal para por fim a greve que já dura quase três meses

Os professores e técnicos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e Instituto Federal de Alagoas (Ifal) realizaram na manhã desta sexta-feira (14) um ato de protesto no elevado do Centro de Educação de Pesquisa Aplicada (Cepa), no bairro do Farol, em Maceió.
Em greve há quase três meses, categorias reivindicam reajuste salarial, reestruturação das carreiras e orçamento que garanta qualidade da educação, ampliação de vagas e pesquisas, “revogasso”, que é revogação das medidas adotadas pelo governo Bolsonaro, e, no caso do Ifal, retorno das aposentadorias e pensões.
Organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores da Universidade Federal de Alagoas (Sintufal), Associação do Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal) e o Sindicato dos Servidores Públicos Federais da Educação Básica e Profissional no Estado de Alagoas (Sintietfal), o ato ocorre no mesmo dia em que o Ministério da Educação (MEC) e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) recebem os professores para mais uma negociação, em Brasília. Eles discutem um acordo que ponham fim à greve da categoria. Os professores querem um reajuste ainda em 2024. A União já avisou que só será possível em 2025.
“Estamos aqui em vigília, estamos aguardando notícias de Brasília, porque neste momento governo e sindicatos vão sentar no Ministério da Educação, vão negociar e nós colocamos na mesa propostas sérias e nós dizemos: a universidade e o Instituto Federal são fundamentais para o desenvolvimento do Brasil, são fundamentais para a formação de qualidade da juventude brasileira. Nós queremos, sim, mais recursos para garantir o custeio e garantir a ampliação de vagas. A juventude precisa ter a certeza de que com o esforço, com seu esforço, vai sim alcançar uma educação de qualidade na Ufal, no Ifal, na educação pública”, afirmou Sandra Lira, professora da Ufal.
Anny Barros, diretora do Sintietfal e professora do Ifal, destaca que os servidores do instituto já estão em greve há 73 dias. “Nós conseguimos que o governo federal, depois de muita pressão, marcasse uma nova mesa de negociação com os docentes e a gente espera que essa mesa de negociação atenda, pelo menos parcialmente, de maneira satisfatória, os nossos pontos de reivindicação nessa greve”, avalia.
A diretora do Sintietfal destaca que a paralisação precisou ser longa para que a pressão fosse construída e os propósitos, repensados. “São os quase dez anos que a educação pública federal vem sofrendo sucessivos cortes. Eles têm repercutido diretamente na precarização dos nossos espaços de trabalhos para além daquilo que a gente pode ofertar aos nossos estudantes. Então essa greve, para muito além da questão salarial de recomposição da inflação, das perdas inflacionárias, ela tem um propósito extremamente relevante que envolve todas as categorias e nesse âmbito eu envolvo também e, primordialmente, os estudantes que é a questão dos orçamentos. Hoje a gente pode dizer que a educação pública federal nesse país sobrevive de emenda parlamentar”, enfatiza Anny Barros.
ASSEMBLEIA
Os técnicos da Ufal foram os primeiros a paralisar as atividades. Eles estão em greve há mais de mais de 80 dias. Ontem (13), o Sintufal realizou uma assembleia para avaliar o tempo de paralisação. A assembleia ocorreu após a rodada de negociação entre o Comando Nacional de Greve e o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), em Brasília, da última terça-feira (11).
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