Cidades
HGE e HEA atendem mais de 1.700 vítimas de acidentes de moto em apenas dois meses
Especialista destaca imperícia, imprudência e desrespeito à legislação como principais fatores causadores de sinistros

O Hospital Geral do Estado (HGE), em Maceió, e o Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca, atenderam 1.752 vítimas de acidente de moto nos dois primeiros meses deste ano. O Hospital de Emergência do Agreste concentra o maior número de atendimentos, com 1.392 pacientes vítimas de acidentes de moto. Já o Hospital Geral do Estado atendeu 360 pessoas.
Em menos de 24 horas, dois acidentes de moto fatais foram registrados em Maceió. Na última quarta-feira (13), a bancária Pollyana Cardoso da Silva, de 43 anos, morreu após ser atropelada por um ônibus ao cair da motocicleta, na Avenida Fernandes Lima, no bairro Farol. Já na quinta-feira (14), um motociclista morreu após cair do veículo e ser atingido por um caminhão. O acidente aconteceu na Rua Doutor Milton Hênio Netto de Gouveia, no Antares, parte alta de Maceió.
Segundo o engenheiro de trânsito Antônio Monteiro, o número de sinistros reflete o aumento na frota de motos, que tem crescido em decorrência de diversos fatores. “Tem os problemas com a questão do transporte público, tem o preço da gasolina muito cara, tem a expansão das atividades informais ligadas à moto e, com isso, o volume de motos cresce e cresce muito. E, quanto mais motos na rua, proporcionalmente, aumenta o número de sinistros, que são causados por outros diversos fatores”, afirmou.
Monteiro destacou a imperícia, imprudência e desrespeito à legislação de trânsito como os principais fatores causadores de sinistros. “Temos a imperícia, onde muita gente dirige sem saber pilotar moto, inabilitado mesmo, que não entende de nada e sobe numa moto e acha que começa a pilotar; tem a questão da imprudência, com excesso de velocidade, contramão, sem respeitar sinal vermelho, andando em cima de calçada, andando com três, quatro passageiros em cima da moto; e consumo de bebida alcoólica e o desrespeito à legislação de trânsito que está dentro dessa parte da imprudência. E isso só tem um resultado que é o sinistro”, explicou.
De acordo com o especialista, a velocidade sempre vai ser o fator determinante para a gravidade do sinistro. “Uma colisão a 60km/h e uma colisão a 100km/h são totalmente diferentes. Então, se não tem controle de velocidade, por mais que faça alguma ação em todos os outros pontos, vai ter um número de sinistros sempre elevado”, explicou. Para o engenheiro de trânsito, falta fiscalização. “É um problema sério por não ter superintendência municipal de trânsito em muitas cidades, por não ter nenhum tipo de fiscalização. Você tem a questão da falta de CNH porque poucas pessoas tiram a habilitação por ausência de fiscalização nas cidades do interior. Então, precisa fortemente ampliar a fiscalização nessa parte do inabilitado, precisa ampliar a fiscalização e dar alternativas de deslocamento a essa população, principalmente, no interior do estado, onde há uma dificuldade por não ter transporte público nas áreas urbanas na grande maioria das cidades”, ressaltou.
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