Cidades

Moradora do Flexal apela por realocação

Entidades em defesa das vítimas da Braskem entregaram à Justiça um relatório sobre a situação do afundamento dos bairros, as injustiças sofridas e as reivindicações dos moradores

Por Ricardo Rodrigues - colaborador / Tribuna Independente 19/01/2024 09h09 - Atualizado em 19/01/2024 17h40
Moradora do Flexal apela por realocação
Rosemilda dos Santos: diz que casas nos Flexais estão com rachaduras e risco de desabamento - Foto: Edilson Omena

As principais lideranças das entidades em defesa das vítimas das Braskem estiveram ontem (18) à tarde, no Tribunal de Justiça de Alagoas, para uma reunião com integrantes do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e do Observatório para Grandes Tragédias, onde entregaram um relatório sobre a situação do afundamento dos bairros, as injustiças sofridas e as reivindicações dos moradores.

Antes de entrar para a reunião, a dona de casa e moradora do Flexal de Cima Rosemilda dos Santos Guimarães, 43 anos, fez um relato dramático do isolamento que as famílias estão vivendo desde que várias moradias do bairro foram derrubadas e outras continuam de pé, mas com rachaduras e correndo o risco de soterramentos.

“Estamos vivendo como se estivesse dentro de um poço, no fundo do poço, pedindo socorro, para sair dessa situação e ninguém escuta, ninguém salva a gente”, relatou Rosemilda. Segundo ela, os moradores dos Flexais e da Rua Marquês de Abrandes querem a realocação do bairro e uma indenização justa para que possam morar num local seguro e com dignidade. “A gente não que esmola. Queremos apenas os nossos direitos”, destacou da dona de casa.

Segundo a coordenação do Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB), 18 integrantes de entidades participaram da reunião com o ministro Luís Felipe Salomão, do CNJ, sendo que apenas cinco tiveram direito a fala.