Cidades

Urbanitários exigem punição para Braskem e amparo para as vítimas do seu crime

Sindicato marcou presença na manifestação realizada pelos moradores dos bairros afetados pela petroquímica

Por Ascom Urbanitários 08/12/2023 00h00 - Atualizado em 08/12/2023 01h00
Urbanitários exigem punição para Braskem e amparo para as vítimas do seu crime
Sindicato marcou presença em protesto na quarta-feira (6) - Foto: Ascom Urbanitários

O Sindicato dos Urbanitários, sempre solidário com as lutas da população, esteve presente no protesto realizado pelos moradores de bairros destruídos pela Braskem, ocorrido no dia 06 de dezembro, na avenida Fernandes Lima.

O ato contou com a presença de diversos sindicatos filiados a Central Única dos Trabalhadores – CUT – AL.

Em sua fala, a presidente Dafne Orion destacou a defesa da população atingida pelo crime das Braskem, prestando total solidariedade às famílias afetadas pela empresa criminosa.

Também questionou os crimes da empresa que estão impunes, exigindo sua responsabilização criminal às autoridades competentes.

O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas está mobilizado, junto a direção da CUT – AL, exigindo ações imediatas dos governos municipal, estadual e federal diante da crise provocada pela Braskem.

O protesto se concentrou no Cepa, a partir das 6h, na na Av. Fernandes Lima.

Com faixas e camisas com palavras de ordem contra a destruição dos bairros, os moradores criticaram a forma como foram realocados e o valor da indenização, iniciada em 2019.

O ato seguiu para o Ministério Público Estadual, o Palácio do Governo e a Assembleia Legislativa.

Outro protesto está previsto para acontecer no dia 13 de dezembro, no Jaraguá. No entanto, as paradas serão na Câmara dos Vereadores e na Prefeitura de Maceió.

AÇÃO CRIMINOSA DA BRASKEM

A situação é crítica em Maceió, especialmente no Mutange, onde a Defesa Civil alerta sobre o risco iminente de colapso da mina. Cinco abalos sísmicos foram registrados em novembro, intensificando o sofrimento das mais de 60 mil pessoas impactadas e dos bairros Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto, Farol e Mutange.

Desde 2018, alertas sobre a instabilidade da mina foram ignorados, resultando na desocupação de oito mil imóveis. A Braskem, focada apenas no lucro, negligencia as consequências socioambientais de suas ações, repetindo tristes episódios como os de Mariana e Brumadinho.

Os Urbanitários exigem amparo imediato às famílias e uma punição efetiva à Braskem. O aluguel social é urgente para garantir moradia segura. Os valores de indenização são insuficientes, forçando as famílias a buscar justiça, um processo que levará anos.