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Aliança Comercial e Corpo de Bombeiros querem grupo de trabalho para o Centro de Maceió

Debate sobre sistema de combate, como hidrantes e rotas de fuga, ocorre após incêndio em loja da região

Por Lucas França e Valdirene Leão 01/11/2023 11h49 - Atualizado em 26/02/2024 15h25
Aliança Comercial e Corpo de Bombeiros querem grupo de trabalho para o Centro de Maceió
Aliança Comercial, Corpo de Bombeiros e BRK Ambiental discutem diretrizes para combate a incêndio no Centro - Foto: Sandro Lima

A Aliança Comercial e o Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL) querem um grupo de trabalho para o Centro de Maceió. O intuito é prevenir incêndios, como o que atingiu o prédio do Magazine Luiza, no calçadão da Rua do Comércio, no Centro de Maceió, na manhã do último dia 25 de outubro.

A Aliança Comercial, o Corpo de Bombeiros e a BRK Ambiental se reuniram, na manhã desta quarta-feira (1º), para discutir as diretrizes que serão tomadas em relação ao sistema de combate a incêndio da região do Centro de Maceió, com preocupação maior sobre os hidrantes e rotas de acesso ao calçadão.

“Vamos montar uma equipe de trabalho permanente para acompanhar o trabalho da BRK e Corpo de Bombeiros, inclusive cobrando a Prefeitura [de Maceió]. O intuito é ter este trabalho em conjunto. Queremos as entradas facilitadas para as viaturas do Corpo de Bombeiros nas ruas do Centro de Maceió”, disse a presidente da Aliança Comercial, Andreia Geraldo.

A ideia agora é realizar palestras com comerciantes e reuniões periódicas sobre prevenção de incêndios para garantir maior proteção e segurança ao Centro de Maceió e milhares de pessoas que frequentam a região.

"A proposta é daqui a um mês convocar nova reunião, pois não temos dúvida da atuação do Corpo e Bombeiros e da BRK. Estamos pleiteando um grupo de trabalho efetivo e combatente. Estamos entendendo a necessidade do Centro, que tem prédios antigos e centenários e essa reunião é para achar soluções", ressalta Andreia Geraldo.

O coronel Verçosa, do Corpo de Bombeiros, destacou a importância dos órgãos trabalharem de forma integrada e fazer ações permanentes e periódicas. “Com os órgãos públicos e privados, faremos uma ação melhor diretamente para o centro da cidade. Basicamente é tirar o que está aí escrito e colocar em prática. Houve ação imediata, mas existem outros problemas que envolvem o centro da cidade, que cresceu”.

O representante da BRK, Wilson Bombo, falou que em relação aos hidratantes o trabalho de manutenção é realizado de noite. "Desde que assumimos recuperamos 30% dos hidratantes e até o final do ano estaremos recuperando todos. Em 2024 iremos implantar mais 36 hidratantes em Maceió".

Andreia Geraldo, Presidente da Aliança Comercial (Foto: Sandro Lima)

O Corpo de Bombeiros informou que, com o crescimento do Centro, já solicitou o aumento da quantidade de hidrantes de três para nove. Mas o coronel explica que ainda é preciso um estudo conjunto da parte elétrica subterrânea e todo esse estudo deve ser feito em conjunto com a Prefeitura. “De forma imediata é importante fazer uma palestra para que os lojistas sejam sensibilizados sobre a forma adequada de armazenar seus produtos, para mostrar a importância da instalação elétrica etc.”, pontua o coronel, se colocando à disposição para fazer as palestras para os lojistas.

Localizada no Centro de Maceió, a loja Gaivota também foi atingida por um incêndio em novembro de 2015. O proprietário do estabelecimento, o empresário Sílvio Gaivota, destacou o trabalho do Corpo de Bombeiros durante a reunião desta quarta-feira. “O [Corpo de] Bombeiros sempre dá apoio, mas têm coisas que são óbvias. Na minha loja, por exemplo, o hidrante mais próximo não tinha água. O Corpo de Bombeiros tentou entrar e não conseguiu devido a uma obra. O acesso dos Bombeiros foi dificultado devido às bancas. O incêndio propagou, minha loja foi a quinta atingida. Os Bombeiros não têm culpa. O sistema é que não prioriza. São sucessivas falhas que a gente vai aceitando, como a água que falta no hidrante. É inadmissível. Falo no sentido desse incêndio da Gaivota que não teve nem laudo”, pontua.

A reunião aconteceu na sede da Aliança Comercial e foi aberta aos interessados. Convidada a participar do debate, a Prefeitura de Maceió não compareceu.