Cidades
Motocicletas causam morte em 59% dos acidentes em Alagoas
Número de janeiro a setembro está próximo do total registrado em 2022 e representa triplo de atropelamentos

Os acidentes envolvendo motocicletas são responsáveis por 59,10% de todos os óbitos registrados em Alagoas decorrentes de acidentes trânsito, segundo estatísticas do Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito do Ministério dos Transportes.
As motocicletas são seguidas pelos carros (27%), caminhões (26,60%), camionetes (3,8), bicicletas (3,8), ônibus (1,4) e carroças (0,6).
Os dados correspondem até o primeiro semestre deste ano. Dos que não entram para as estatísticas de vítima fatal, muitos desses sobreviventes são atendidos pelo Hospital Geral do Estado (HGE). De janeiro a setembro deste ano, o HGE recebeu 1.451 pacientes vítimas de acidentes envolvendo motos. Das mais variadas gravidades.
Esse tipo de acidente ultrapassou e muito – mais que o triplo – da quantidade de vítimas de atropelamento. Foram 379 no mesmo período. Outros 211 pacientes foram vítimas de acidentes com bicicleta e 103 de capotamentos.
O maior registro foi o de pessoas envolvidas em colisão. Foram 1.841 atendimentos até o mês de setembro.
O número de acidentes envolvendo motos desde janeiro a setembro deste ano, já está próximo do número total registrado no ano passado, quando aconteceram 2.086 atendimentos apenas no HGE de vítimas de motocicletas.
A quantidade de pessoas que deu entrada no HGE vítimas de acidentes com motocicletas foi quatro vezes maior que o total de atendimentos por atropelamento. Em todo o ano passado, foram 505 casos.
O maior registro foi o de pessoas envolvidas em colisão. Foram 2.409 atendimentos em todo o ano passado.
Os acidentes de moto deixam, em sua maioria sequelas físicas e emocionais para o resto da vida. Foi o que aconteceu com o jornalista Paulo Canuto que sofreu um acidente de moto em 2015 e até hoje traz consigo dois pinos nas pernas e um “medo invisível” que o acompanhar sempre que precisa andar de moto novamente.
“Foram cerca de dez dias entre internação e duas cirurgias. E meses de recuperação em casa”, recordou ao tomar para si a culpa pelo acidente.

Paulo Canuto estava de carona na moto, embriagado, e disse que o estrago na perna só não foi pior porque o condutor – que não estava embriagado – estava pilotando a moto bem devagar. O acidente aconteceu na cidade de União dos Palmares.
“Quando a moto passou pela linha de trem, no solavanco, caí com todo peso do meu corpo em cima do tornozelo”.
O jornalista lembra que o acidente aconteceu de sábado para domingo, e fez a cirurgia pelo Sistema Único de Saúde e, depois, ele descobriu que ainda foi vítima de erro médico.
Apesar do receio, ele ainda anda de moto, pela facilidade do veículo e pelo valor mais acessível.
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