Cidades

Alagoas reforça rede de proteção à mulher

Juíza Eliana Machado destaca família como primeira rede, Casa da Mulher Alagoana e dois juizados que cuidam dos casos

Por Tribuna Independente 12/10/2023 09h50
Alagoas reforça rede de proteção à mulher
Casa da Mulher Alagoana é um marco no atendimento às mulheres vítimas de violência no Estado - Foto: Divulgação

A violência contra a mulher é um desafio em todo o país. Em Alagoas, diversos órgãos e equipamentos fazem parte, atualmente, da rede de enfrentamento à violência contra a mulher. Segundo a juíza Eliana Machado, integrante da Coordenadoria da Mulher do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL), a rede de proteção à mulher vítima de violência doméstica é muito grande e precisa ser conhecida.

“Desde a família, que é a primeira rede, aos fóruns, centros de referência, conselho tutelar, delegacias, postos de saúde, escolas, em qualquer município do país. Lógico que quanto maior o município, maior a rede de proteção. Aqui em Alagoas é bom ressaltar que temos a Casa da Mulher Alagoana criada pelo TJ/AL que, embora esteja localizada na capital, atende às mulheres de todo o estado”, afirmou.

De acordo com Machado, Alagoas conta, atualmente, com dois juizados exclusivos de violência doméstica na capital e oito juizados no interior, nos municípios de Arapiraca, Rio Largo, Delmiro Gouveia, São Miguel dos Campos, Santana do Ipanema, União dos Palmares, Palmeira dos Índios e Penedo.

“Há Salas Lilás espelhadas também em diversos locais e órgãos que não são exclusivos do Poder Judiciário, mas localizados em lugares de atendimento à mulher, como alguns Cisps, Rodoviária, Sistema Prisional e outros”, ressaltou a juíza.

A Casa da Mulher Alagoana Nise da Silveira oferece um atendimento humanizado, com acompanhamento de psicólogos e assistentes sociais, para as mulheres vítimas de violência doméstica.

O local reúne, em um prédio na Praça Sinimbu, no Centro de Maceió, Delegacia da Mulher, Juizado da Violência Doméstica, Ministério Público Estadual e Defensoria Pública, para que as vítimas não precisem ir a diversos locais para buscar ajuda. E conta, ainda, com o apoio da Guarda Municipal e de policiais militares da Patrulha Maria da Penha.

Qualquer mulher pode receber os serviços, que são totalmente gratuitos. E para as mulheres que precisam sair de casa após as denúncias, é oferecido um abrigo. Para as crianças, que geralmente acompanham as mães, há espaços como berçário e uma brinquedoteca, onde podem brincar, e sempre acompanhadas de uma profissional da área de recreação.

DELEGACIAS

Alagoas conta, atualmente, com três delegacias especializadas de atendimento à mulher vítima de violência. Duas delas funcionam na capital, sendo uma no Complexo de Delegacias Especializadas (CODE), na Av. Gustavo Paiva, em Mangabeiras, e outra no bairro Salvador Lyra, na rua Antônio Souza Braga. A terceira unidade funciona em Arapiraca, na Rua São Domingos, no Centro.