Cidades

SMS, Sesau e hospitais devem apresentar proposta sobre mutirão para pacientes com câncer

Mais de 240 cidadãos diagnosticados com câncer aguardam há mais de 60 dias por exames e início de seus tratamentos

Por Ascom DPE/AL 22/09/2023 00h37
SMS, Sesau e hospitais devem apresentar proposta sobre mutirão para pacientes com câncer
Última reunião foi agendada para a próxima segunda-feira (25) - Foto: Ascom DPE/AL

A Defensoria Pública do Estado de Alagoas, através dos Núcleos de Proteção Coletiva e da Saúde, agendou para a próxima segunda-feira, 25, a última reunião envolvendo o Município de Maceió, Estado de Alagoas, por meio das Secretarias de Saúde, e hospitais conveniados para que apresentem uma proposta de acordo que promova soluções urgentes para a fila que contém mais de 240 cidadãos com câncer e que aguardam o início de seus tratamentos. Conforme a Instituição, caso o acordo não seja possível, outras medidas, inclusive legais, serão tomadas.

As tratativas para o acordo foram iniciadas durante reunião ocorrida nessa quarta-feira, 20, conduzida pela Defensora Pública e Coordenadora do Núcleo da Saúde, Manuela Carvalho de Menezes, e pelo Defensor Público e Coordenador do Núcleo de Proteção Coletiva, Ricardo Antunes Melro. O momento também contou com a participação de membros da saúde de Maceió, do Estado de Alagoas, da Santa Casa de Misericórdia, Hospital Veredas, UPAs e Hospital Geral do Estado (HGE).

Para a Defensora Pública Manuela Carvalho, a existência de filas é inaceitável. “A Defensoria Pública está lutando para que as medidas tenham um cunho resolutivo o mais rápido possível. Pacientes oncológicos têm pressa e a Defensoria Pública não vai banalizar e naturalizar uma fila como essa, um documento assustador. São verdadeiras sentenças de morte, que devem ser evitadas o quanto antes”, pontuou Manuela Carvalho.

Em sua fala durante a reunião, Melro informou que a expectativa é que os referidos órgãos assinem o Termo de Compromisso para a promoção de mutirões e outras medidas que ponham fim à fila de uma vez por todas. E, caso o acordo não for possível, a Instituição estudará a adoção de outras medidas, inclusive judiciais. “Caso recuem nas tratativas, iremos para outros caminhos. A justiça tem que ser dura em casos como esse. O fato é: como podem deixar uma fila desse tamanho se formar bem debaixo de seus olhos? Eu teria vergonha se fosse gestor. A situação é EMERGENCIAL. A luta contra o câncer é travada minuto a minuto. Não há mais tempo a perder”, destacou.