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Alagoas paga mais de R$ 423 milhões em indenizações

Mercado de seguros alagoano experimentou alta nos pagamentos de indenizações, benefícios, sorteios e resgates em 2022

Por Assessoria 23/03/2023 21h04
Alagoas paga mais de R$ 423 milhões em indenizações
Da esq. Para a dir.: Emerita Lyra, diretora executiva do Sindsegnne; Ronaldo Dalcin, presidente do Sindsegnne; e Dyogo Oliveira, presidente da CNseg - Foto: Assessoria

O mercado de seguros alagoano experimentou alta nos pagamentos de indenizações, benefícios, sorteios e resgates no acumulado de 2022, se comparado com 2021. Segundo levantamento produzido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), divulgado durante Encontro Setorial do Nordeste, nesta quinta-feira (23), em Recife, o pagamento das indenizações, benefícios, sorteios e resgates (sem Saúde, sem DPVAT e sem VGBL) chegou o total de R$ 423,7 milhões, montante 81,4% superior a 2021.

O ramo de Danos e Responsabilidades (sem DPVAT) foi destaque com o pagamento de R$ 228,5 milhões (+599,7%). Nesse segmento, os destaques foram os ramos Responsabilidade Civil (+1.073,7%), com R$ 4,8 milhões, e Patrimonial (+274,7%), com R$ 38,8 milhões.

A arrecadação do setor (sem Saúde e sem DPVAT), no estado de Alagoas, comparando 2022 e 2021, apresentou um crescimento de 10,4%, com R$1,7 bilhão. O segmento de Capitalização cresceu em 56,6% (R$ 133,2 milhões), seguido pelo Danos e Responsabilidades (sem DPVAT), com alta de 31,6% (R$ 462,2 milhões). Os produtos de seguro que tiveram maior destaque foram: Responsabilidade Civil, que apresentou um crescimento de 68,2% (R$ 6,9 milhões), seguido pelo Rural, que cresceu 57,9% (R$ 13,6 milhões). O ramo de Crédito e Garantia também teve um bom desempenho, com um aumento de 50,4% (R$ 11,4 milhões) na arrecadação, e, por fim, Automóvel com 46,1% (R$ 286,1 milhões) de avanço.

O presidente do Sindicato das Seguradoras do Norte e Nordeste (Sindsegnne), Ronaldo Dalcin, destaca que o mercado de seguros vem crescendo constantemente, ano a ano. "Estamos cientes dos desafios e do trabalho que precisam ser realizados, principalmente no que diz respeito à capacitação de todo o nosso ecossistema, visando fortalecer ainda mais o entendimento de que o seguro é uma proteção indispensável para a sociedade e para a economia como um todo".

Nacionalmente, a indústria do seguro se manteve em alta. O pagamento de indenizações, benefícios, resgates e sorteios (sem Saúde e sem DPVAT) somaram mais de R$ 219,4 bilhões em 2022, volume 15,5% superior a 2021. Quando falamos em arrecadação, o setor viu a demanda avançar 16,2% em relação ao ano de 2021, com mais de R$ 355,9 bilhões em arrecadação (sem Saúde e sem DPVAT). Para Oliveira, os dados indicam uma tendência de crescimento mais equilibrado. "O ano de 2022 foi muito positivo. As indenizações cresceram em linha com a arrecadação, mantendo assim um mercado saudável", enfatiza.

O desenvolvimento da indústria de seguros é um dos temas abordados no PDMS, que tem o objetivo de aumentar a parcela da população atendida em 20% pelos diversos produtos do mercado, além de elevar o pagamento de indenizações, benefícios, sorteios, resgates e despesas médicas e odontológicas dos atuais 4,6% do PIB para 6,5% do PIB. Dyogo Oliveira, estima que, como consequência da implementação do Plano, em termos de receita, o mercado atinja 10% do PIB nacional em 2030.

"O Plano foi criado a partir da percepção de que o setor pode gerar mais reservas para a poupança nacional e direcionar mais recursos para importantes projetos nacionais, ao apoiar iniciativas públicas e privadas. Assumimos riscos das mais diversas atividades econômicas e oferecemos proteção aos indivíduos e às empresas", ressalta Oliveira.

Proteção veicular também foi abordada durante encontro

Durante o Encontro Setorial, o presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, também alertou sobre o avanço da proteção veicular. "O consumidor corre sérios riscos porque é um modelo de negócios que já existiu no passado e que deixou um saldo de prejuízos irreparáveis por não cumprir as regras prudenciais e de solvência necessárias no mercado de seguros. Portanto, o avanço das entidades mútuas representa um retrocesso, não só porque concorrem de forma desleal no mercado formal de seguros, mas também porque, sem fiscalização, podem transformar em pó a poupança de milhares de consumidores atraídos por benefícios que não serão concedidos".

O executivo destacou ainda que as associações de proteção veicular representam perda fiscal de R$ 1,2 bilhão ao ano. Para alertar os consumidores, a CNseg criou o site neste link.

Sobre a CNseg

A Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização (CNseg) congrega as empresas que compõem o setor, reunidas em suas quatro Federações (FenSeg, FenaPrevi, FenaSaúde e FenaCap). A missão primordial da CNseg é contribuir para o desenvolvimento do sistema de seguros privados, representar suas associadas e disseminar a cultura do seguro, concorrendo para o progresso do país. Acompanhe as novidades sobre o trabalho da CNseg no portal da Confederação, Facebook, LinkedIn, Instagram e YouTube. Você também pode receber as nossas notícias pelo WhatsApp.