Cidades
Preço da carne cai em açougues e supermercados de Maceió
Fevereiro registra maior redução; apesar disso, consumidores ainda consideram o valor “salgado”

O preço da carne vermelha caiu 1,22% em fevereiro, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maior redução desde novembro de 2021. Em Maceió, a redução tem sido percebida nos supermercados e açougues.
Em um supermercado da parte baixa da capital, as vendas até aumentaram com a diminuição dos preços. “Carnes com osso como, por exemplo, acém com osso e paleta bovina, que custavam R$ 28,90 e agora estão sendo vendidas por R$ 24,90, e peito com osso, que estava R$ 28,90 e agora está R$ 23,90, estão saindo bastante”, afirmou o vendedor Jonathe Augusto.
O pedreiro Cícero Chaves aproveitou o desconto da paleta bovina, mas disse que ainda considera o valor ‘salgado’. “Notei que houve diferença nos preços, mas não muito. Sempre consumo carne porque sou sozinho, mas para quem tem família grande é mais pesado”, contou.
Em um açougue também na parte baixa de Maceió, os preços também reduziram e têm atraído clientes. “Desde a semana passada que os preços estão mais baixos. Acém com osso, por exemplo, estava R$ 21,50 e agora está R$ 17,99; costela estava R$ 21,99 e agora está R$ 19,99; chambaril, que estava R$ 21,50 e agora está R$ 17,99”, disse o balconista de açougue Aldair Gomes.
O empresário Edmilson de Lima percebeu a redução, mas ainda considera o valor alto. “Só estou comprando carne branca, como frango e carne de porco, que é mais em conta. A carne vermelha, quando eu compro, é carne dura, como coxão duro, que compro na promoção por R$ 26, coloco na panela de pressão e fica macia como uma de R$ 50. Carne deu uma reduzida no valor, mas continua cara. Prefiro comprar frango e carne suína, que são mais saudáveis e baratos”, afirmou.
MAIOR QUEDA
A variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) foi calculada a partir de preços coletados entre 28 de janeiro e 28 de fevereiro e reflete preços de 18 subitens. Em fevereiro, a maior queda (2,63%) foi observada na picanha. Em seguida, vieram fígado (2,50%), alcatra (2,50%), capa de filé (2,37%) e costela (2,28%).
Segundo o economista Diego Farias, a carne bovina já vinha com sinais de redução de preço e foi intensificada pelo embargo às exportações brasileiras para a China. “Com essa suspensão, resultou em um aumento da oferta de carnes no mercado interno brasileiro”, afirmou.
Farias disse ainda que a quaresma e a queda no preço das rações contribuem para essa queda. “Temos a quaresma, quando o consumo de carne bovina cai aqui no país. E também a queda no preço das rações, que são usadas para engordar o gado”, ressaltou.
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