Cidades
Moradores de Bebedouro estão há mais de 10 dias sem água
Técnicos da BRK trabalham no local, mas ainda não há previsão para retomada do abastecimento

Moradores do bairro de Bebedouro, em Maceió, estão há mais de 10 dias sem água. Na segunda-feira (6), eles fizeram um protesto por causa do problema, mas ainda continuam sem água até esta quarta-feira (8).
Conforme a BRK, o problema da falta d’água foi causado por um vazamento não visível, que está localizado em uma rede de distribuição que passa por baixo de aqueduto e está próxima a uma tubulação de gás, a três metros de profundidade. Equipes técnicas estão trabalhando no local desde segunda-feira (6) e o serviço é considerado de alta complexidade.
O comerciante Newton Soares contou que já gastou mais de R$ 50 com a compra de água mineral. “Estamos sem água há quase 15 dias. Não tem uma gota de água, estamos comprando água mineral e já gastei R$ 60. Já sofremos com o ilhamento social, que reduziu bastante a clientela do meu comércio e agora estamos sofrendo com falta de água”, disse.
A dona de casa Jane de Souza disse que a BRK enviou carro pipa para abastecer a região, mas não foi o suficiente. “Já ligamos muito para a BRK. Na segunda-feira, eles disseram que o problema está em um cano. Mandaram um carro pipa, mas a última vez que mandaram foi no sábado. Não dá porque é a rua toda que está sem água. O carro pipa não deu para todo mundo. Estamos sem água e para cozinhar e tomar banho estamos comprando mineral”, afirmou.
O aposentado Ricardo José Vieira está pegando água na casa de um vizinho que tem poço. “Estamos há 13 dias sem água, carregando balde porque a nossa sorte são uns vizinhos que têm água de poço do outro lado da rua, mas as mãos ficam calejadas. A BRK só faz buraco e a água não chega”, contou.
O motoboy Cláudio Santos também está aproveitando a água do vizinho do outro lado da rua. “Já é a terceira vez que estamos levando roupa para lavar no outro lado da rua, com o pessoal que tem água de poço. É a nossa sorte. Quase 15 dias que não pinga uma gota nas torneiras”, disse.
O aposentado Arlindo Lourenço está comprando água mineral e economizando para não gastar muito dinheiro. “É um absurdo. Não sei o que vamos fazer, não tem condições, está demais essa situação. Estou comprando água mineral e, economizando muito, consigo passar um dia com um botijão. Mas está difícil para cozinhar, tomar banho, limpar as coisas de casa, fazer tudo”, afirmou.
De acordo com a BRK, a solução encontrada pela concessionária para garantir a retomada do abastecimento dos moradores da região afetada pelo vazamento é o isolamento do trecho danificado e a realização de uma nova interligação na rede, que passará a receber água de outro reservatório.
A concessionária afirmou que essas tratativas já estão em andamento, mas não deu uma previsão para a retomada do abastecimento.
Procon: consumidores têm direito à reparação
Segundo o Procon Maceió, o artigo 22 do CDC prevê que as concessionárias e permissionárias de serviços públicos deverão fornecer serviços adequados, eficientes, seguros e, quanto aos essenciais, contínuos. No caso de descumprimento, deverão reparar qualquer dano que o consumidor tenha sofrido.
“Outros artigos do CDC reforçam essa ideia. Por este motivo, aqueles consumidores possuem direito de reparação, seja por algum custo que teve, como comprar água, ou contratar algum serviço por conta da ausência do abastecimento, bem como, poderá pleitear dano moral caso acredite que tenha sofrido. E, nesse último caso, terá que buscar o Poder Judiciário para conseguir tal reparação. É importante que os consumidores guardem todos os comprovantes”, explicou o assessor jurídico do órgão, Pedro Vinícius.
Ainda segundo Pedro Vinícius, por vezes, acontece de o valor da fatura vir com um consumo muito alto mesmo não havendo abastecimento regular, o consumidor não ter alterado seu hábito de consumo e não haver qualquer fator externo e/ou interno que justifique o aumento.
“Nesses casos o consumidor deve procurar a concessionária para contestar a fatura e, não havendo êxito, deverá registrar reclamação junto ao Procon”, afirmou.
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