Cidades

Série 5 anos Caso Braskem: Acordo Socioambiental garante compensação por danos sociais e urbanos aos maceioenses

Escutas programadas para o mês de março compõem medidas para diagnóstico que embasará plano de ações sócio-urbanísticas

Por Ascom MPF 02/03/2023 09h46 - Atualizado em 02/03/2023 15h26
Série 5 anos Caso Braskem: Acordo Socioambiental garante compensação por danos sociais e urbanos aos maceioenses
Compensação por danos ambientais - Foto: Ascom MPF

O Ministério Público Federal (MPF) divulga mais uma notícia sobre os importantes resultados obtidos até o momento com o acordo socioambiental firmado em dezembro de 2020, por meio do qual a Braskem, entre outros, se compromete a adotar providências visando à compensação dos danos sociourbanísticos causados pela exploração de sal-gema, em Maceió (AL).

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Encosta sendo preparada

Para dar cumprimento ao capítulo que trata dos danos sociourbanísticos, que contou com a participação do Ministério Público do Estado de Alagoas (MP/AL), alcançou-se o valor de R$ 1,280 bilhões. Para tanto a Braskem deve atuar em três esferas:

Nas áreas desocupadas: são diversas as ações, como limpeza e zeladoria, controle de pragas, isolamento de áreas, demolição de imóveis e desativação de redes de água e esgoto, energia, gás e telecomunicações das áreas desocupadas, obras de drenagem superficial em locais das áreas desocupadas, estabilização da encosta do Mutange, mas também ações voltadas à preservação do patrimônio histórico, cultural, artístico, paisagístico e a memória dos bairros.


Área do Mutange

Neste aspecto já foram isolados, inventariados e mapeados por meio de escaneamento 3D todos os prédios públicos e privados com valor histórico para Maceió com o intuito de preservação e restauração.

A demolição dos imóveis situados na área de risco foi iniciada, com prioridade para a encosta do Mutange, que está passando por estabilização com obras de terraplanagem, construção do sistema de drenagem e plantio da cobertura vegetal com conclusão prevista para dezembro de 2023.

Mobilidade urbana

Na mobilidade urbana: Por força do Termo de Acordo, uma empresa especializada realizou estudos de mobilidade urbana que subsidiaram as discussões entre Braskem e o Município de Maceió para escolha das medidas tecnicamente mais indicadas. Já houve anúncio dessas medidas por parte da Prefeitura e elas estão em fase de implantação, como é o caso da execução das pistas laterais na avenida Durval de Góes Monteiro.


Medidas de compensação social: foi contratada uma empresa especializada para a realização de um diagnóstico social técnico-participativo, a fim de que fossem apontados os principais desafios enfrentados pela sociedade maceioense frente às desocupações ocorridas no bairro Mutange e parcialmente nos bairros Pinheiro, Bebedouro, Bom Parto e Farol. Este diagnóstico embasará o Plano de Ações Sociourbanísticas (PAS), tudo conforme o acordo socioambiental.

Este diagnóstico está na fase de escutas públicas, marcadas para ocorrer nos dias 07, 14, 21 e 28 de março, cada momento destinado a um eixo específico:

Eixo 1 – Políticas sociais e redução de vulnerabilidades: análise das condições de acesso às políticas sociais de saúde, educação, assistência social e segurança urbana, e impactos da realocação.

Eixo 2 – Atividade econômica, trabalho e renda: impactos do evento sobre a geração de trabalho e renda, inclusive na comunidade pesqueira, e a oferta de comércios e serviços.

Eixo 3 – Qualificação Urbana e Ambiental: análise das condições urbanas e ambientais e os impactos nas dinâmicas dos lugares, com ênfase no planejamento urbano, espaço público e centros de bairros.

Eixo 4 – Preservação da Cultura e Memória: impacto sobre a cultura, o patrimônio cultural e a memória dos bairros afetados.

Confira o Diagnóstico Técnico-Participativo do PAS (junho de 2021)