Cidades

Vítimas da Braskem fazem protesto em pontos turísticos

Novos atos estão sendo planejados pelo movimento para chamar atenção para o afundamento do solo em Maceió

Por Tribuna Independente 08/02/2022 09h37
Vítimas da Braskem fazem protesto em pontos turísticos
Reprodução - Foto: Assessoria
O Movimento Unificado das Vítimas da Braskem (MUVB) realizou no último fim de semana um ato de protestos no balanço gigante da Santa Amélia, um dos pontos “instagramáveis” da capital. Com faixas e reunindo integrantes, o movimento visa chamar atenção para as comunidades de Bebedouro que vêm sendo atingidas pelo problema, mas não foram realocadas pela Braskem. De acordo com o coordenador do ato, Maurício Sarmento outras ações estão previstas em diversos pontos turísticos e históricos da capital no sentido de dar visibilidade à causa. “Temos feito reuniões periódicas e decidimos levar essa problemática do afundamento de solo para os pontos turísticos de Maceió. A cidade tem problemas sérios que precisam ser resolvidos. Resolvemos levar isso para a população, para os turistas e no próximo sábado vamos levar para a cadeira gigante na Orla. Depois para o Mirante de São Gonçalo. O nosso objetivo é chamar a atenção para a nossa situação, que precisa ser resolvida, precisa ser vista”, diz Sarmento. O problema apontado por Maurício é a situação de ilhamento socioeconômico enfrentado pelos moradores dos Flexais, quebradas e Marquês de Abrantes, no bairro de Bebedouro. Há cerca de dois anos, os moradores cobram a saída da área por temer o agravamento do problema e também por estarem sendo diretamente afetados com a saída de comércio e circulação de pessoas. [caption id="attachment_498344" align="aligncenter" width="800"] Protesto realizado no Balanço Gigante (Foto: Cortesia)[/caption] “A gente cobra que essas áreas que ainda permaneçam no local sejam realocadas porque essas áreas, dos Flexais, Vila Saem, Marquês de Abrantes não foram realocadas. Sofremos todos os efeitos da mineração, mas não temos os mesmos direitos, não fomos incluído no programa de compensação e pedimos que as autoridades tomem providências”, reclama. “A ideia é tornar isso público envolver os turistas que vêm na nossa cidade. A propaganda da Braskem na TV é que está tudo lindo, tudo certo, mas não é verdade. E pessoas como eu estão revoltadas”, diz ele. ABANDONO Morador de Bebedouro há 45 anos, Maurício Sarmento argumenta que a situação precisa ser vista pelo poder público. Ele reclama da invisibilidade em relação ao problema e da falta de respostas da Justiça até agora. “Do jeito que estamos vivendo não dá para continuar. A DPE [Defensoria Pública do Estado de Alagoas] esteve no local, solicitou providências, mas até agora nada. Vai ter uma reunião dia 15, eles querem escutar a gente, mas já estamos falando há muito tempo. Acredito que falta participação do poder público, dos órgãos públicos para ver. A vinda ajuda, porque a situação não é diferente do Pinheiro, por exemplo, afundamento, rachaduras, patologias nas casas, o solo se abrindo misteriosamente, o avanço da lagoa, são inúmeros fatores”, acrescenta. LEIA MAIS NA VERSÃO IMPRESSA DA TRIBUNA INDEPENDENTE DESTA TERÇA-FEIRA (08)