Cidades

CBTU vai suspender operação do VLT na estação do Mutange

Medida entra em vigor neste sábado (21) e atende recomendação sobre o problema de afundamento em quatro bairros de Maceió

Por Evellyn Pimentel com Tribuna Independente 20/03/2020 08h35
CBTU vai suspender operação do VLT na estação do Mutange
Reprodução - Foto: Assessoria
A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) informou no fim da tarde desta quinta-feira (19) que as operações de embarque e desembarque do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) na estação do Mutange serão interrompidas. A medida atende recomendação preventiva. “A CBTU informa aos seus usuários e ao público em geral que, em virtude de recomendação da Braskem, a empresa suspenderá preventivamente todas as operações com embarque e desembarque de passageiros na Estação Mutange”, disse a Companhia. De acordo com a CBTU, a medida entra em vigor a partir deste sábado (21). “A Estação está inserida na área de resguardo indicada por levantamentos técnicos de todos os órgãos envolvidos, a qual merece toda a atenção da CBTU. A medida de suspensão das atividades da Estação Mutange será realizada a partir do próximo dia 21 de março (sábado)”, afirma. A Braskem foi procurada para comentar o assunto, mas até o fechamento desta edição não havia posicionamento oficial disponível. PREOCUPAÇÃO Conforme adiantou a Tribuna Independente na edição do dia 29 de fevereiro, há uma preocupação em torno da continuidade nas atividades do VLT na região que sofre com afundamento de solo. À época o Ministério Público Federal (MPF) informou que um procedimento seria instaurado para apurar a circulação. Esta semana, o Serviço Geológico do Brasil (CPRM) encaminhou recomendações a órgãos públicos em Alagoas para a prevenção e identificação de possíveis riscos como a formação de sinkholes, deslizamentos e inundações permanentes. Na edição da Tribuna Independente de quinta-feira (18) a reportagem afirmou que a subsidência de 714mm seria anual. No entanto, segundo a análise interferométrica do Serviço Geológico do Brasil, desde 2016 houve subsidência de 714mm “A taxa máxima medida no último levantamento de interferometria adquirido pela CPRM foi de aproximadamente 230mm/ano.  A taxa máxima medida por DGPS levantado pela Braskem através da Defesa Civil foi de 292mm/ano na região da mina 7. A taxa máxima medida pela Braskem em levantamento topográfico, recebido através da ANM foi de 464mm/ano na região da mina 17”, disse o CPRM por meio de assessoria. Segundo relatório técnico produzido pelo CPRM, os instrumentos disponíveis atualmente não conseguem identificar possíveis colapsos na região. “A instrumentação instalada no bairro não fornece as informações necessárias para um eventual sistema de alerta (...) Sobre os danos aos trilhos, é necessário que sejam consultados especialistas com conhecimento específico no campo da engenharia deste meio de transporte”, apontam os técnicos.