Cidades

Operação Lei Seca começa a utilizar drones durante ações em Alagoas

No entanto, órgãos não dão detalhes sobre operacionalização do equipamento

Por Evellyn Pimentel e Lucas França com Tribuna Independente 30/11/2018 08h41
Operação Lei Seca começa a utilizar drones durante ações em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
A tecnologia dos drones tem sido empregada para auxiliar as operações Lei Seca em Alagoas. Imagens do dispositivo com a referência da operação têm circulado nas redes sociais. A utilização do equipamento foi confirmada pelo Departamento Estadual de Trânsito (Detran-AL), mas ainda não há pronunciamento oficial de outros órgãos de segurança sobre o assunto. Além disso, a autarquia não confirma se o equipamento das imagens das redes sociais é o mesmo que tem sido usado nas operações. Segundo o Detran, um equipamento tem sido utilizado. No entanto, não há detalhes sobre a operacionalização do dispositivo, ou se foi adquirido pela autarquia para o serviço. Estados como Bahia, Distrito Federal e Mato Grosso já utilizam os dispositivos para suporte em caso de fugas de condutores. O coordenador da operação tenente Emanuel Costa também confirma a utilização. “Já utilizamos o drone há algum tempo. Nosso funcionário, um agente de trânsito, tem o drone dele e acabou fazendo parte da nossa equipe. Já utilizamos há um bom tempo. A finalidade do drone é conhecer o cenário da operação, montar os planos de fuga. Ele serve como planejamento. E durante a operação ele serve para identificar condutores que tentem trocar de lugar no veículo, por ser inabilitado ou ter bebido, isto serve para flagrar. Também para quem tenta furar a blitz ou voltar”, destaca. O coordenador da operação ressalta ainda os benefícios do emprego da tecnologia nas fiscalizações. “Serve para ajudar a gente a ter mais precisão nas nossas ações, mais agilidade, mais confiança e firmeza para que a gente possa iniciar a operação e terminar sem nenhum tipo de problema. Quanto mais tecnologia, claro que melhora as nossas ações, mas a conscientização acontece com as ações educativas, palestras, blitzes educativas, sempre no sentido de mudança de comportamento e preservação da vida”. A Secretaria de Segurança Pública (SSP) foi procurada pela reportagem para comentar o assunto, mas até o fechamento da edição a assessoria de comunicação do órgão não obteve as respostas. Uma sessão ordinária do Conselho Estadual de Trânsito (Cetran-AL), prevista para ocorrer na próxima terça-feira (4), deve discutir a utilização dos equipamentos nas fiscalizações. Aparelhos já foram utilizados em Alagoas durante Carnaval   Um projeto de lei (PLS 167/2017), que está na Câmara dos Deputados, consta que os VANTs podem ser utilizados em situações como as ações de inteligência policial, monitoramento ambiental, de trânsito ou de fronteiras, no acompanhamento de alvos e no apoio a operações policiais, pois permite a visualização remota de áreas perigosas, extensas ou de difícil acesso, substituindo helicópteros ou a presença física de policiais, de modo mais barato, rápido e seguro. [caption id="attachment_262840" align="aligncenter" width="750"] Coordenador da Lei Seca, tenente Emanuel Costa, destaca importância da utilização do equipamento nas ações (Foto: Ascom/Detran)[/caption] No estado, durante o período carnavalesco um equipamento locado foi utilizado para o monitoramento de público dos eventos na orla da capital. “Estamos em fase de receber uma doação e vamos poder realizar levantamentos e acompanhamento de operações policiais com uso desse equipamento. O drone é uma ferramenta muito importante em operações policiais. Com ele faremos levantamento de alvos em comunidades de risco e dependendo do modelo podemos ter uma autonomia de voo de até 6km e com baterias para poder ir e retornar para sua base de lançamento”, disse o 2° Sargento Rodrigo Lins, do 1° Batalhão da Polícia Militar de Alagoas à época. A Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) prevê a utilização de drones se houver a concordância das pessoas que estiverem a um raio inferior a 30 metros horizontais do local de voo do equipamento, com exceção de operações de segurança pública ou defesa civil. A regulamentação foi aprovada em junho de 2017. Além disso, são obrigatórias a licença e a habilitação para quem usar drones de mais de 25kg. O registro dos pilotos será feito pela Anac. A agência reguladora ainda não definiu como será o processo de habilitação dos operadores dos drones, mas haverá exames de conhecimento. A fiscalização das operações dos drones será feita pela Anac junto com órgãos de segurança pública. Quem operar os equipamentos de forma irregular poderá responder nas esferas administrativa, cível e penal.