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Sismógrafo chega a Alagoas e ficará por dois meses

Equipamento cedido pela UFRN foi apresentado ontem e vai ser operacionalizado por equipes da Defesa Civil Estadual

25/04/2018 08h10
Sismógrafo chega a Alagoas e ficará por dois meses
Reprodução - Foto: Assessoria
O sismógrafo – equipamento capaz de detectar qualquer abalo sísmico, cedido pela Universidade Federal de Rio Grande do Norte (UFRN) já está em Alagoas e vai permanecer instalado na sede da Defesa Civil Estadual durante dois meses e depois volta para a universidade. O Sismógrafo foi apresentando nesta terça-feira (24), durante uma reunião na sede do órgão. Participaram da reunião representantes das Defesas Civil Estadual e Municipal, especialistas da área ambiental e outros órgãos, além dos doutores em sismologia da UFRN. Segundo o major Moisés Melo, coordenador estadual da Defesa Civil, o equipamento será operado pelo pessoal da própria Defesa Civil. “O equipamento não é difícil de ser operado. Os especialistas irão passar as coordenadas e a nossa própria equipe irá operar. Ele tem um sensor e uma parte de coleta de dados e produzem sismogramas, onde registram os tempos de chegada e as amplitudes dos vários tipos de ondas sísmicas”, explica. De acordo com Massilon Mendes, coordenador da Defesa Civil da Região do Vale do Paraíba, que participou da reunião onde foi entregue o sismógrafo, existe implantando na cidade de Anadia outro aparelho que pertencente a Rede Brasileira de Sismologia. “Segundo o que foi passado na ‘palestra’, o equipamento é para captar futuros abalos. Infelizmente só ficará mais ou menos dois meses. Mas até então não sabíamos que existia em Anadia”, comenta Mendes. O equipamento já foi instalado e a equipe da UFRN vai dá as coordenadas para que a Defesa Civil Estadual comece a utilizar. Apesar do tempo de permanência e de não se ter ainda nenhuma resposta sobre o tremor do dia 3 de março, o coordenador da Defesa Civil, major Moisés Melo, explica que o estudo feito pelo equipamento é importante. “Com o estudo dos sismos será possível conhecer a estrutura interior da terra, o que vai nos auxiliar no planejamento de segurança que estamos traçando. Este equipamento é de fundamental importância para integrar a rede de monitoramento sismográfico”, ressalta. Equipamento deve registrar abalos no estado, caso aconteçam   Em relação ao tremor do dia 3 de março, ainda não há nenhuma novidade. Segundo Massilon Mendes, o sismógrafo não vai auxiliar no fato ocorrido, pois ‘veio para captar algum abalo sísmico que possa acontecer’. “O tremor foi algo novo aqui no estado. Então, o estudo que está sendo feito por especialistas da área, geólogos, CPRM, Defesas Civis e outros órgãos que estão envolvidos é necessário para buscar informações e passar para a população, mas de fato ainda não há data para conclusão”, comenta Mendes. [caption id="attachment_94568" align="alignright" width="225"] Equipamento vai auxiliar nos próximos abalos que venham a acontecer (Foto: Massilon Mendes/ cortesia)[/caption] ESTUDO Os estudos sobre o tremor sentido em vários bairros da Capital e as rachaduras no bairro do Pinheiro continuam. Na última quinta-feira (19), uma equipe de geólogos também da UFRN chegou à capital e foi direto fazer uma inspeção no bairro e nas residências afetadas pelas rachaduras que começaram a aparecer no dia 15 de fevereiro deste ano e se agravaram após fortes chuvas. A equipe também vai trabalhar para tentar esclarecer o tremor de terra ocorrido na tarde do dia 3 de março. Os especialistas chegaram a Maceió com objetivo de responder qual ou quais os fenômenos que estão ocorrendo no bairro. De início, Francisco Pinheiro, doutor em Geologia Sedimentar, que lidera a equipe que está em Maceió disse que não tem como dar um parecer sobre o ocorrido. Os geólogos e os especialistas em sismologia devem trabalhar juntos para esclarecer os fenômenos. Várias hipóteses estão sendo analisadas e nada vai ser descartado.