O sistema prisional alagoano passa por uma fase de reestruturação. O Governo do Estado, através da Secretaria da Ressocialização e Inclusão Social (Seris) tem investido na aquisição de materiais e na modernização das unidades do complexo penitenciário. Há seis anos sem registrar rebeliões, os esforços têm mantido a segurança da população e fortalecido a ressocialização dos custodiados.

Em 2016, o Governo de Alagoas, através de um financiamento do Banco Internacional para Reconstrução e Desenvolvimento e Programa de Consolidação do Equilíbrio Fiscal (Bird/Procofins), investiu cerca de R$ 1.655.045,00 no aparelhamento do sistema prisional. Foram adquiridos armamentos, veículos e equipamentos de segurança, contribuindo com o bom trabalho desempenhado pelos agentes penitenciários.

Para esse ano, a Ressocialização conta com uma verba de R$ 44.784.444,44, oriunda do Fundo Penitenciário Nacional (Funpen). Para o assessor executivo de Gestão Interna da Seris, Major Henrique do Carmo, o capital vai complementar os investimentos que já estavam sendo realizados pelo Governo.

"O Estado já havia planejado a aquisição dos equipamentos, essenciais para a manutenção da estabilidade no sistema e da segurança dentro das unidades. Os recursos já estão disponíveis e prontos para o uso e em breve estaremos intensificando a segurança nas unidades prisionais", concluiu o gestor.

Armamentos

Até agosto de 2015, o sistema prisional de Alagoas não possuía armamentos próprios e seu acervo bélico era composto de armas doadas por outros órgãos da Segurança Pública Estadual. A primeira entrega de armamentos para o sistema aconteceu em 20 de agosto daquele ano. Hoje, os agentes penitenciários trabalham com pistolas, espingardas calibre 12, carabinas calibre 5.56mm semiautomática e metralhadoras .40.

Com os recursos do Funpen haverá o incremento do acervo bélico da Seris através da compra de 387 pistolas e 200 coletes balísticos multiameaça. As aquisições contribuem para a melhora das atividades operacionais nas unidades e para o aumento da segurança dos procedimentos de escolta de reeducandos, tanto para outros municípios quanto para outros estados.

Equipamentos de inspeção eletrônica

Em 2016, cinco scanners de Volume de Mão (Raio-X), 74 detectores de metais portáteis, 32 banquetas e nove portais eletrônicos passaram a funcionar no sistema prisional. Os equipamentos possibilitam a revista de alimentos e outros pertences levados pelos visitantes para os reeducandos de forma mais célere e segura.

Através da verba federal, a Seris instalará scanners corporais na entrada das unidades e implantará o sistema de bloqueio de Sinais de Radiocomunicações no complexo penitenciário. O projeto, que está em fase de licitação, vai impossibilitar a comunicação dos reeducandos por meio de aparelhos celulares, diminuindo a ação do crime organizado e contribuindo para a redução da violência.

O parque tecnológico da Seris também está sendo modernizado. A aquisição de 70 microcomputadores ajudará a assegurar o bom desenvolvimento dos trabalhos nas unidades prisionais.