Cidades

250 milhões de pessoas no mundo fazem uso de substâncias ilícitas

Rede Cristã de Acolhimento e Recuperação do Dependente Químico do Estado lança Nota

Por Assessoria 26/06/2017 17h41
250 milhões de pessoas no mundo fazem uso de substâncias ilícitas
Reprodução - Foto: Assessoria

O dia 26 de junho marca a data escolhida pela Organização das Nações Unidas (ONU) para o Dia Internacional de Combate às Drogas. Segundo a ONU, a dependência química atinge 5% da população mundial entre 15 e 64 anos de idade. O que representa, em média, 250 milhões de pessoas que usam algum tipo de substância ilícita. O tratamento de alguém que faz uso de drogas não é uma tarefa fácil, pois além da questão de saúde envolvida diretamente, o usuário normalmente se encontra em um contexto de vulnerabilidade social. Por isso, antes de evidenciar e culpar tão somente a droga, devemos colocá-la em parênteses e voltar-nos ao indivíduo e aos motivos que o levaram ao uso de alguma substância psicoativa.

Hoje, o Estado de Alagoas não dá a devida atenção ao dependente químico. Temos a convicção de que o combate não pode ser tão somente um “caso de polícia” ou de “internação compulsória”. Não se pode lutar contra o tráfico, enquanto crime, e dar as costas às causas que levaram as pessoas ao consumo de entorpecentes. O verdadeiro combate às drogas deve iniciar no campo educacional, passando pelo psicossocial, econômico e, inclusive, espiritual.

A Arquidiocese de Maceió já se posicionou algumas vezes contra os rumos que a Política sobre Drogas vem tomando no Estado de Alagoas. Não podemos conceber que uma Secretaria de Estado seja apadrinhada e utilizada para fins eleitoreiros e não privilegie um corpo técnico apartidário. O Governo de Alagoas nem mesmo nomeou e fez funcionar o Conselho Estadual de Políticas sobre Drogas. Além disso, não é admissível fazer do usuário uma moeda de troca a barganhar voto por tratamento.

A Rede Cristã de Acolhimento e Recuperação do Dependente Químico do Estado de Alagoas e a população pouco têm a comemorar em relação ao valor dado pela Administração Pública a um problema tão grave quanto a dependência química. Agora, cabe ao Ministério Público a defesa dos interesses sociais e individuais indisponíveis.

Côn. Walfran Fonseca dos Santos

Vice-Presidente da RECRIAR