A Coordenadoria Estadual da Infância e da Juventude – CEIJ/AL – registrou 251 adoções em Alagoas, em 2015, o que representa um crescimento em relação a 2014, quando 170 adoções foram oficializadas no Estado. Até novembro deste ano, 44 adoções foram registradas na Comarca da Capital, com perspectiva da realização de audiências de adoção no mês de dezembro.

Os dados reforçam, segundo o juiz Carlos Cavalcanti, que preside a Comissão Estadual Judiciária de Adoção Internacional (CEJAI/AL) e faz parte da CEIJ/AL, que está havendo uma “mudança” na cultura da adoção.

De acordo com Carlos Cavalcanti, a evolução na legislação, com o reconhecimento da união homoafetiva pelo Supremo Tribunal Federal (STF), contribuiu para melhorar os índices de adoção em Alagoas.

O magistrado também ressaltou que o perfil das crianças pretendido pela maioria dos adotantes, não corresponde à realidade das entidades de acolhimento. “Boa parte dos pretendentes querem crianças com menos de dois anos, do sexo feminino, mas as que estão aptas para adoção têm entre 12 e 17 anos”, explicou.

Apoio à adoção

Com o objetivo de fomentar ações e promover uma mudança no perfil de crianças que é sugerido pelos adotantes, a CEIJ/AL e a 28ª Vara Cível da Infância e Juventude incentivaram a criação do Grupo de Apoio à Adoção em Alagoas (GAA-AL). Com isso, a habilitação das famílias para adoção no Estado passou a estar condicionada à participação em no mínimo, três reuniões do grupo, de acordo com a portaria nº 02/2016, da 28ª Vara Cível.

A intenção é que os futuros adotantes conheçam melhor a realidade das crianças que estão nas entidades de acolhimento. Uma comissão, composta por quatro membros do GAA-AL, vem desenvolvendo ações para viabilizar a visita dos pretendentes às instituições.