Brasil
O que se sabe sobre o desabamento do restaurante Jamile, que tem Fogaça como chef
Uma funcionária morreu após o desabamento do mezanino de madeira do restaurante, que fica no Centro de SP, na quarta-feira (8); estrutura cedeu antes do horário de almoço e causou ferimentos em outros funcionários

O mezanino de madeira do restaurante Jamile, na Bela Vista, região central de São Paulo, desabou no início da tarde de quarta-feira (8). Uma funcionária morreu após ficar presa sob os escombros e sofrer uma parada cardiorrespiratória. O cardápio do local é assinado pelo chef Henrique Fogaça.
Outras cinco pessoas ficaram feridas, todas funcionárias, e foram socorridas para hospitais da cidade com escoriações e dores nas costas.
Inicialmente, os bombeiros suspeitaram de uma explosão de gás, mas a hipótese foi descartada após as primeiras verificações no local. A estrutura que dividia o térreo e o primeiro andar do restaurante cedeu por volta do meio-dia, antes da abertura ao público.
O imóvel, que fica na Rua 13 de Maio, 647, foi interditado pela Defesa Civil por risco de colapso, embora o restaurante tivesse licenças de funcionamento e sanitária válidas.
O cardápio do Jamile é assinado pelo chef Henrique Fogaça, mas ele não é dono do estabelecimento. Fogaça está fora do país e afirmou que acompanha o caso e manifesta solidariedade às vítimas e seus familiares.
O restaurante afirmou que está prestando solidariedade às famílias das vítimas e que colabora com as autoridades para esclarecer o que causou o acidente.
O g1 reuniu o que se sabe sobre o caso até agora:
O que aconteceu?
O desabamento ocorreu no início da tarde de quarta-feira (8) no restaurante Jamile, localizado na Rua 13 de Maio, na Bela Vista, região central de São Paulo.
Segundo o Corpo de Bombeiros, a estrutura de madeira que formava o mezanino interno do restaurante cedeu por volta das 12h.
O local não estava aberto ao público no momento do acidente. As equipes de resgate atenderam oito vítimas, das quais cinco ficaram feridas, duas tiveram abalo psicológico e uma morreu soterrada.
A ocorrência mobilizou dez viaturas dos Bombeiros, além de equipes do Samu, Defesa Civil, PM e CET. Inicialmente, chegou-se a suspeitar de uma explosão de gás, mas essa hipótese foi descartada após as primeiras verificações.
O que causou a morte da mulher?
Bombeiros trabalham em resgate de vítimas em desabamento em restaurante de SP
A vítima era funcionária do restaurante e trabalhava na parte superior do imóvel quando o mezanino cedeu. Ela ficou presa sob os escombros, sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu. O nome dela não foi divulgado.
Outras pessoas se feriram?
Sim. Cinco pessoas ficaram feridas, todas funcionárias do restaurante. Elas foram levadas para unidades de saúde da capital, incluindo as UPAs Vila Mariana e Mooca, o Hospital Salvalus e o Pronto-Socorro Municipal Santana.
Os feridos apresentavam escoriações e dores nas costas, segundo os bombeiros.
Qual é o estado do imóvel?
O imóvel foi totalmente interditado pela Defesa Civil após vistoria. De acordo com a Subprefeitura da Sé, o prédio apresenta risco de colapso estrutural, embora as construções vizinhas não tenham sido atingidas.
O restaurante Jamile possuía licença de funcionamento válida, emitida em 2022, e licença sanitária vigente da Secretaria Municipal da Saúde.
Houve vazamento de gás?
Não. A hipótese de vazamento de gás ou explosão foi descartada pelo Corpo de Bombeiros após as primeiras verificações no local.
Equipes de resgate chegaram a informar que o desabamento poderia ter sido provocado por uma explosão, mas a investigação confirmou que a causa foi o colapso do mezanino de madeira que dividia o térreo e o primeiro andar do restaurante.
O que disseram as testemunhas?
Um funcionário do restaurante que pediu para não ser identificado contou ao g1 que o desabamento ocorreu em uma área exclusiva para funcionários antes do horário do almoço.
Ele permaneceu no local até que todos os colegas fossem socorridos. Muito abalado com a situação, o homem afirmou que conseguiu fechar o gás e sair antes que a estrutura desabasse.
“Deu tempo de a gente sair, fechar gás, tudo, e não deu mais para entrar”, disse o funcionário.
O dono de um estacionamento vizinho, José Antônio de Lima, relatou que ouviu um estrondo e viu pessoas correndo para fora do Jamile logo após o acidente.
Antes e depois do desabamento
O Jamile é um dos restaurantes mais conhecidos da região do Bixiga, reduto de cantinas e casas tradicionais.
Imagens mostram que o desabamento atingiu a parte interna do salão, onde ficava o mezanino de madeira com cadeiras e mesas.
O restaurante, batizado em homenagem à mãe de um dos sócios, Alberto Hiar (fundador da grife Cavalera), sempre teve o foco em gastronomia contemporâneo.
Henrique Fogaça é o dono do Jamile?
Não. O chef Henrique Fogaça não é proprietário nem sócio do restaurante Jamile. Segundo nota divulgada por sua assessoria, ele apenas assina o cardápio da casa e não tem envolvimento na gestão administrativa ou operacional do negócio.
A equipe do chef informou ainda que Fogaça está fora do país, mas acompanha o caso e presta solidariedade às vítimas. Em nota, o chef lamentou profundamente o acidente e manifestou solidariedade às vítimas e familiares.
“Embora esteja fora do país, o chef mantém contato constante com os responsáveis pelo restaurante e acompanha de perto o desenrolar da situação, apoiando a apuração rigorosa das causas do ocorrido”, disse o comunicado.
Fogaça reforçou que não tem participação societária no restaurante e que sua atuação se restringe à criação e assinatura do cardápio.
Mais lidas
-
1Josefa de Melo
Motociclista morre após cair sob caminhão de concreto em Maceió
-
2Memória da universidade
Do preto e branco ao colorido: acervo imagético da Ufal está disponível on-line
-
3Censo
Centenários: estado de Alagoas está envelhecendo de forma acelerada
-
4Aniversário
Judiciário prestigia cerimônia de 178 anos da Capitania dos Portos
-
5True Crime
Real ou imaginação! Quem foi Adeline na história de Ed Gein?