Brasil
Marinha amplia participação feminina em operações especiais, operação de submarino e mergulho

A Portaria nº 270/MB, divulgada na quarta-feira (1º) pela Marinha do Brasil (MB), reforça o compromisso da Força com a igualdade entre mulheres e homens em suas fileiras. Com a atualização das diretrizes publicadas, a MB se torna a primeira entre as Forças Armadas brasileiras a permitir a atuação plena de militares do sexo feminino em todos os setores, incluindo operação de submarinos, mergulho e Operações Especiais.
Essa mudança garante igualdade com os pares masculinos, permitindo que as militares atuem em funções de alta exigência física, psicológica e técnica, que representam alguns dos maiores desafios da carreira militar. Desde então, a Marinha vem se destacando como pioneira na integração feminina nas Forças Armadas, atuando nesse sentido desde 1980, quando criou o Corpo Auxiliar Feminino da Reserva da Marinha.
Desde aquele ano, a MB vem abrindo portas e derrubando barreiras: foi a primeira a promover uma mulher ao posto de Oficial-General (em 2012), criar a primeira turma de Aspirantes femininas na Escola Naval (2014) – a mais antiga instituição de Ensino Superior do País; e admitir alunas mulheres no Colégio Naval (2023) e, mais recentemente, permitir a atuação irrestrita das militares em todos os setores operativos da Força.
Em setembro de 2025, as Soldados Fuzileiros Navais Ana Beatriz Lugon Loureiro e Jennifer Alves Assunção foram as primeiras militares da MB capacitadas no Estágio de Qualificação Técnica Especial de Operação da Viatura Blindada Leve Sobre Rodas 4x4 JLTV (Joint Light Tactical Vehicle). Elas colocaram em prática os conhecimentos adquiridos durante a Operação “Atlas - Armas Combinadas”.
"A experiência na operação foi muito positiva e desafiadora. O contato direto com o veículo possibilitou aplicar na prática o conhecimento adquirido no curso", afirmou a Soldado Lugon. Segundo ela, foi possível exercitar desde a condução em diferentes tipos de terrenos até os procedimentos de segurança em situações reais. "A rotina da Operação exige atenção constante, trabalho em equipe e disciplina, o que contribui bastante para o desenvolvimento técnico e profissional. Sem dúvida, é uma oportunidade de aprendizado, que traz confiança e preparo para atuar em cenários que demandam o uso da JLTV", destacou a Soldado Lugon.
Primeira mulher do Corpo de Fuzileiros Navais a integrar uma missão de paz no exterior, a Capitão-Tenente (Auxiliar Fuzileiro Naval) Débora Ferreira de Freitas Sabino destacou a importância de iniciativas como essa para a evolução da Força. “A presença feminina no setor Operativo demonstra que a mulher determinada não se deixa abater pelas circunstâncias adversas e está plenamente apta a desempenhar, com excelência, as mais diversas funções na Marinha do Brasil. Esse processo de integração fortalece a instituição, enriquece a pluralidade das equipes e inspira novas gerações de militares. O êxito das pioneiras cria um legado de superação e abre caminho para que mais mulheres conquistem seu espaço, reafirmando que a competência e a dedicação são os verdadeiros critérios para atuar em qualquer área operacional.”
Ainda em 2025, a Marinha promoveu quatro médicas ao círculo mais alto da hierarquia militar naval: Contra-Almirante (Médica) Daniella Leitão Mendes; Contra-Almirante (Médica) Mônica Medeiros Luna; Contra-Almirante (Médica) Claudia Regina Amaral da Silva Fiorot; e a Contra-Almirante (Médica) Gisele Mendes de Souza Mello – esta última, de forma póstuma. A indicação simultânea de mulheres ao posto de Almirante é inédita e representa um marco na trajetória de inclusão da MB. Ao longo dos anos, a instituição vem consolidando avanços pautados no pioneirismo, na meritocracia e na busca por isonomia, inspirando novas gerações a seguir a carreira naval.
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