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Buscas por vítimas de acidente com lancha são retomadas neste sábado

Ao menos 18 pessoas morreram após a embarcação virar, na quinta-feira (24).

Por G1 26/08/2017 08h36
Buscas por vítimas de acidente com lancha são retomadas neste sábado
Reprodução - Foto: Assessoria

As buscas por vítimas do acidente da embarcação que virou na travessia entre Mar Grande e Salvador foram retomadas na manhã deste sábado (26), dois dias após a tragédia. A informação foi passada ao G1 pela Marinha. Ao menos 18 pessoas das 120 que viajavam na embarcação morreram no acidente, ocorrido na quinta-feira (24). Outras 89 foram resgatadas com vida. Até a publicação desta reportagem, nenhuma nova vítima havia sido encontrada.

De acordo com informações da Associação dos Transportadores Marítimos da Bahia (Astramab), as travessias entre a capital e as ilhas, que tinham sido suspensas desde o dia do acidente, foram liberadas neste sábado pela Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia (Agerba).

No entanto, segundo a Astramab, a viagem entre Salvador e Mar Grande só irá voltar a funcionar na segunda-feira (28). Neste sábado, opera apenas a viagem para Morro de São Paulo. Conforme a Astramab, a travessia terá conexão em Ilha de Itaparica, por conta do mau tempo.

Alguns depoimentos de sobreviventes da tragédia, colhidos na sexta-feira, apontam que houve omissão de socorro às vítimas do acidente. A informação foi passada ao G1 pelo delegado plantonista da 24ª Delegacia Territorial (DT/Vera Cruz), Gil Félix. As denúncias estão sob investigação da Polícia Civil. Já a Capitania dos Portos informou que não recebeu nenhuma denúncia e desconhece essa informação.

Até a sexta-feira, a Secretaria de Segurança Pública da Bahia (SSP-BA) tinha o registro oficial de desaparecimento de 2 pessoas que estavam na embarcação. A SSP disse que está se baseando em relatos de 2 famílias que disseram que os parentes sumidos estavam na lancha. Além dessas 2 pessoas, faltam informações sobre outras 11 pessoas que estariam na embarcação. A polícia tem informações de que algumas delas não tiveram ferimentos e não chegaram a dar entrada em hospitais. Por isso, não há um número preciso de desaparecidos.

 Naufrágio na Bahia (Foto: Editoria de Arte/G1)

 

Tragédia

A lancha Cavalo Marinho I virou por volta das 6h30 de quinta-feira, cerca de 10 minutos após deixar o Terminal Marítimo de Mar Grande, que fica no município de Vera Cruz, localizado na Ilha de Itaparica. A embarcação tinha como destino Salvador e estava a aproximadamente 200 metros da costa quando o acidente aconteceu. A viagem dura aproximadamente 45 minutos.

As 18 pessoas que morreram no acidente já foram identificadas. São 13 mulheres, dois homens e três crianças. Os corpos foram periciados no Departamento de Perícia Técnica (DPT) de Salvador e na unidade de Santo Antônio de Jesus. A maioria delas foi enterrada na sexta-feira. Outras serão enterradas neste sábado.

A Secretaria de Saúde da Bahia (Sesab) informou que 89 pessoas haviam sido resgatadas com vida. Dentre os sobreviventes resgatados, 70 foram na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), em Mar Grande; 15 foram para o Hospital Geral de Itaparica; dois estiveram no Hospital do Subúrbio e dois no Hospital Geral do Estado (HGE), ambos em Salvador.

Em nota, a CL Transportes, dona da embarcação Cavalo Marinho I, lamentou a tragédia e se solidarizou com as vítimas do acidente, além de reforçar que a embarcação estava regular, com todas as vistorias em dia. A empresa informou, ainda, que presta assistência às famílias das vítimas com uma equipe formada por médicos, psicólogos e assistentes sociais.

Interior da embarcação ficou completamente destruído (Foto: Afonso Santana/Arquivo pessoal)

Socorrista do Samu leva um bebê no colo após uma embarcação naufragar em Mar Grande, na Baía de Todos os Santos, na Bahia (Foto: Xando Pereira/Agência A Tarde/Estadão Conteúdo)

Acidente aconteceu por volta das 6h30, 10 minutos após embarcação deixar o terminal de Mar Grande (Foto: Reprodução/ TV Bahia)

Casco da embarcação teve várias rachaduras (Foto: Afonso Santana/Arquivo pessoal)

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