Turismo

Boca da Mata, cidades das Serras e destino do frio

Por Claudio Bulgarelli/Tribuna Independente 20/07/2024 08h40
Boca da Mata, cidades das Serras e destino do frio
Serra de Santa Rita é o ponto mais alto do município - Foto: Edilson Omena

Muitos municípios alagoanos, mesmo em regiões diferentes e distantes uns dos outros, fazem parte do chamado Roteiro do Frio, sobretudo, porque possuem serras, que, no inverno, apresentam temperaturas realmente baixas. Um desses municípios, Boca da Mata, denominado Cidade das Serras, tem na Serra de Santa Rita o seu ponto mais alto, com mais de 300 metros de altitude e lugar de peregrinação.

Mas também é bastante conhecido por outras riquezas naturais, como rios, trilhas e matas, que fazem parte do roteiro turístico ecológico da região. O nome do município é uma referência às primeiras residências construídas na entrada de uma grande mata, que se estendia rumo a Atalaia. Distante a pouco mais de 70 quilômetros de Maceió, Boca da Mata é um município conhecido por suas riquezas naturais, já que possui muitas serras, rios, trilhas e matas virgens.

E é na natureza que Boca da Mata revela suas belezas naturais, exuberantes e que servem de atração para um turismo em crescimento. A Serra de Santa Rita, com mais de 300 metros de altitude, local de peregrinação durante a semana santa e Patrimônio Natural do município, é seu maior atrativo. Subir até o ponto mais alto da serra, influenciado pela tradição popular dos habitantes da cidade e pela vontade de apreciar a paisagem, é o que atrai milhares de pessoas todos os anos. A crença de que a subida até o alto da serra trará o perdão de pecados está em todos os lugares.

Outro ponto de destaque é o Balneário de São Bento, com suas piscinas de água de nascente e as Bicas do Arlindo, Baixa Grande e Quebra Carro, essas duas últimas localizadas em uma Área de Proteção Ambiental. A cidade é também conhecida por conta do seu artesanato em madeira, legado do Mestre Manoel da Marinheira e hoje com vários seguidores, entre filhos e alunos.

Manoel da Marinheira nasceu em 1916 e morreu em 2012, deixando para a família a arte de tirar dos troncos de jaqueiras peças que mostram o imaginário da fauna, de miniaturas a obras colossais, como onças, leões, peixes, macacos, tatus, antas, hipopótamos, gatos, elefantes, jacarés, tubarões e esculturas compostas de grande dimensão.