Turismo

TJ/AL e Setur firmam acordo para capacitar vítimas de violência doméstica

Por Dicom TJ/AL 04/09/2023 14h57 - Atualizado em 04/09/2023 17h34
TJ/AL e Setur firmam acordo para capacitar vítimas de violência doméstica
Desembargador Tutmés Airan, presidente Tourinho, e secretária executiva Marília Herrmann assinaram acordo - Foto: TJ/AL

O Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) e a Secretaria de Turismo do Estado (Setur) assinaram acordo de cooperação para oferecer cursos profissionalizantes para mulheres vítimas de violência doméstica. A solenidade de assinatura ocorreu nesta segunda (4), na sede do Tribunal.

O presidente do TJ/AL, Fernando Tourinho, avalia que a ação integrada contribui para tornar mais efetivo o combate à violência contra mulheres. “Está havendo mais integração. O governador Paulo Dantas, juntamente com a sua equipe, está procurando se aproximar mais das instituições, o Judiciário igualmente, e juntos estamos viabilizando opções para viabilizar um futuro melhor a essas mulheres”, disse o desembargador.

O acordo estabelece que o Tribunal deve captar e mobilizar mulheres vítimas de violência para participação nos cursos do Programa Escola do Turismo, além de encaminhar também mulheres com ensino fundamental incompleto para a Secretaria da Educação, a fim de participarem do programa “Vem que dá tempo” .

A Setur vai reservar vagas específicas para essas mulheres, em cursos nas áreas de serviços de hotelaria, restaurantes, atendimento ao público, empreendedorismo e gestão de negócios.

“São cursos de camareira, recepcionista, confeiteira, elaboração de drinks. É uma gama de cursos nos quais elas vão poder se encaixar e realmente começar sua vida profissional sem depender desses agressores, sair da vulnerabilidade”, comentou a secretária Executiva do Turismo, Marília Herrmann, que representou a secretária Bárbara Faustino Braga.

O desembargador Tutmés Airan, que está à frente da Coordenadoria da Mulher do Judiciário, avalia que o principal obstáculo à superação do ciclo de violência a que essas pessoas são submetidas é a questão econômica.

“Uma mulher que mente e silencia porque precisa, e continua sendo vítima cotidiana de abusos por parte do marido ou companheiro opressor, é uma mulher profundamente infeliz. Estamos rompendo as correntes da infelicidade”, afirmou Airan.

A juíza Eliana Machado, integrante da Coordenadoria, ressaltou que a ação ocorrerá em todo o estado, onde o Governo oferecer cursos pela Escola de Turismo. “A gente vai orientar os juízes para que façam o encaminhamento dessas mulheres que necessitem”, explicou a magistrada.

A juíza Lívia Mattos também representou a Coordenadoria da Mulher na solenidade.