Turismo

Com mais de 100 metros de altura, Cachoeira da Tiririca é a maior de Alagoas

Por Claudio Bulgarelli – Sucursal Região Norte 20/05/2023 10h34 - Atualizado em 21/05/2023 01h25
Com mais de 100 metros de altura, Cachoeira da Tiririca é a maior de Alagoas
Maior queda de água de Alagoas fica dentro de uma densa reserva de Mata Atlântica em Murici - Foto: Edilson Omena

Os amantes da natureza e de longas caminhadas devem conhecer a maior queda d’água de Alagoas: a Cachoeira da Tiririca, no alto das montanhas de Murici, na Zona da Mata alagoana.

A equipe da Tribuna Independente e TV Tribuna Web, a convite da Prefeitura de Murici, esteve no local e constatou que a cachoeira, que fica dentro da área da Fazenda Boa Sorte, onde está a maior área contínua de Mata Atlântica de Alagoas, entrou definitivamente no roteiro do turismo regional, atraindo cada vez mais turistas e alagoanos.

E não é difícil chegar ao local. Mais ou menos uns 2 km depois da principal entrada de Murici tem uma placa que sinaliza a cachoeira do lado direito da pista (sentido Recife). Depois é só seguir o caminho por uma estrada de barro, num percurso que dura uns 30 minutos, dependendo da estrada. Ao longo do caminho existem placas de sinalização. Bem, depois disso, se chega na fazenda Boa Sorte.

A propriedade fica na zona rural de Murici, a 55 km de Maceió, tem mais de 25 anos de história, recebendo visitantes durante o ano inteiro, inclusive nos fins de semana e feriados.

Reserva

O local, que é uma Reserva Particular do Patrimônio Natural, possui 200 hectares, sendo 40 destinados ao turismo, com uma incrível variedade de vegetação da Mata Atlântica, além de muitos pássaros e pequenos animais.

O visitante pode ir para passar o dia, pagando um valor para o day use e usar área de lazer como piscina, ou fazer uma cavalgada, ir a pesca, além do almoço ao estilo prato feito e bem regional. Caso queira ficar por lá, pode se hospedar na pousada.

No fundo, a grande atração é o passeio até a cachoeira. Só que para chegar até lá é preciso caminhar por uma trilha de quase 3 quilômetros, entre mata, pedras e trilhas, entre subidas e descidas.

O caminho, que é longo, exige atenção, pois muitos trechos são escorregadios e árvores caídas podem fechar a trilha.

Se chover o caminho fica muito difícil, e recomendado só para os mais preparados. Mas vale a pena, porque depois de uma hora e meia de caminhada, surge a cachoeira, que é linda e tem alguns pontos de banho, além de ter uma vista maravilhosa da mata atlântica.

São várias nascentes que se unem no município

O ideal é subir a montanha antes das 9 da manhã e voltar antes das 14 horas, tendo pelo menos umas 3 horas para curtir o local.

Leve muita água, protetor solar e vá de roupa leve, com camiseta dry fit e um tênis confortável.
A maior queda d’água de Alagoas é formada por várias nascentes que se juntam desde o município de União dos Palmares e formam o volume de água que dá origem à cachoeira. Se der sorte é possível avistar pássaros e outros animais, já que a fauna é bem diversificada.

Muitos ornitólogos fazem visitas ao local para praticar o turismo de pesquisa-observação.

Nome

Por fim, que tal conhecer a origem do nome Tiririca. De acordo com o secretário de Turismo, Marcos Aurélio, que acompanhou a visita da equipe da Tribuna, esse nome foi dado por um repórter do SBT há mais de 25 anos, quando esteve no local.

E que ele observou que no topo da cachoeira havia grande quantidade de uma gramínea conhecida como tiririca navalheira, por ter folhas afiadas o suficiente para cortar a pele. Bem, aí ele resolveu batizar a cachoeira.