Saúde
Álcool, tabagismo e H.pilory seguem como fatores de risco para câncer gástrico
Cirurgião oncológico da Santa Casa de Maceió explica formas de detecção e avanços no tratamento
Popularmente conhecido como câncer de estômago, o câncer gástrico é o quinto tipo mais comum entre os homens e o sexto entre as mulheres no Brasil, com 21.480 novos casos estimados anualmente, além de ser uma das principais causas de morte por câncer no país. A prevenção e o diagnóstico precoce são as principais armas no combate à doença.
“O diagnóstico precoce é a melhor forma de tratar esse tipo de tumor”, afirma cirurgião oncológico da Santa Casa de Maceió, Antônio Talvane, mestre e doutor em Oncologia. “Existem maneiras de prevenir que o câncer gástrico apareça, e a primeira delas é reconhecer e controlar os fatores de risco.”
Entre as causas mais associadas ao desenvolvimento do câncer gástrico estão hábitos alimentares inadequados, o tabagismo, o consumo excessivo de álcool e a infecção pela bactéria H.pylori, considerada um dos principais fatores de risco. A predisposição genética também tem papel importante.
“Se há casos de câncer na família, especialmente de câncer gástrico em pessoas com menos de 50 anos, é fundamental procurar um especialista, de preferência um oncologista ou cirurgião oncológico”, orienta o médico.

A principal ferramenta para detecção é a endoscopia digestiva alta, que permite visualizar o tumor e realizar a biópsia para confirmar o diagnóstico. O procedimento pode ser complementado por tomografia e ultrassonografia endoscópica, que ajudam a definir o estadiamento e o tratamento mais adequado.
O laudo anatomopatológico identifica o tipo de tumor presente no estômago. O mais frequente é o adenocarcinoma, que pode se apresentar nas formas intestinal, difusa ou mista. Outras possibilidades incluem sarcoma, linfoma e tumor estromal gastrointestinal (GIST).
O tratamento do câncer gástrico depende do estágio em que a doença é diagnosticada. A cirurgia continua sendo o principal recurso terapêutico, mas pode ser associada a quimioterapia, imunoterapia e, em casos específicos, radioterapia.
“A escolha do tratamento é feita de acordo com o estadiamento do tumor. Em alguns casos, a quimioterapia é realizada antes da cirurgia, chamada de neoadjuvante, em outros, antes e depois (perioperatória) ou apenas após o procedimento (adjuvante), com o objetivo de eliminar possíveis células remanescentes”, pontua o cirurgião. A radioterapia, segundo o especialista, tem sido utilizada com menor frequência atualmente, em situações bem definidas.
Após o tratamento, o seguimento do paciente é essencial para detectar precocemente possíveis recidivas. “Nos dois primeiros anos, o acompanhamento deve ser feito a cada três meses; do segundo ao quinto ano, a cada seis meses; e, após esse período, uma vez por ano”, detalha Talvane.
Para o médico, o combate ao câncer gástrico depende de uma combinação de prevenção, diagnóstico e tratamento adequado. “Quando conseguimos identificar o tumor nas fases iniciais, aumentamos significativamente as chances de cura. Por isso, é fundamental ficar atento aos fatores de risco e procurar avaliação médica diante de sintomas persistentes”, conclui o cirurgião oncológico, Antônio Talvane.
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