Saúde
Hospital do Agreste faz captação de órgãos e beneficia cinco pacientes

O gesto de amor de uma família, mesmo em meio à dor provocada pela perda de um ente querido, vai mudar o destino de cinco pessoas que aguardam por um transplante. Após confirmação de morte encefálica de um jovem de 22 anos, vítima de acidente envolvendo motocicleta, a família autorizou a captação de múltiplos órgãos no Hospital de Emergência do Agreste (HEA), em Arapiraca.
Foram doadas duas córneas e o fígado para receptores em Alagoas, e os rins seguiram para o Paraná. Essa é a quarta captação no maior hospital público do interior do estado. O procedimento seguiu todos os protocolos do Ministério da Saúde, incluindo exames clínicos e a avaliação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos (CIHDOTT) do HEA, até fechar o diagnóstico de morte encefálica.
A doação foi viabilizada pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), por meio da Central de Transplantes, seguindo as ações que têm fortalecido a política pública de transplantes no estado. “O sim da família para a doação de órgãos dá continuidade à vida de quem estava na lista de espera”, afirmou o enfermeiro Andervan Leão, coordenador da CIHDOTT do HEA.
A diretora geral do HEA, Bárbara Albuquerque, destacou o preparo da equipe e o impacto desse tipo de decisão em prol da vida. “A estrutura do hospital e a atuação da comissão são fundamentais, mas tudo começa com a autorização da família. Esse é o ponto central. E esta família tomou a decisão de ajudar outras famílias", destacou Bárbara.
A família do paciente de 22 anos transformou a despedida em possibilidade. E agora, em Alagoas e no Paraná, outras histórias seguem sendo escritas com mais saúde e esperança. No silêncio da dor, uma decisão que atravessou fronteiras. Hoje, vidas seguem no Paraná e em Alagoas.
Onde havia espera, agora há esperança.CapacitaçõesCom atuação contínua dentro do HEA, a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante (CIHDOTT), coordenada pelo enfermeiro Andervan Leão, realiza capacitações com a equipe multiprofissional do hospital, abordando desde a identificação de potenciais doadores até o fluxo completo da doação.
O trabalho inclui orientações sobre os critérios para diagnóstico de morte encefálica, os exames exigidos pelo Ministério da Saúde, além da condução da entrevista familiar, momento decisivo e que exige preparo técnico e sensibilidade. As capacitações também envolvem ações de conscientização sobre a importância da doação de órgãos, reforçando o papel do hospital como elo fundamental entre a dor da perda e a possibilidade de recomeço para quem aguarda por um transplante.
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