Saúde
Alimentação adequada pode melhorar qualidade de vida de pacientes renais crônicos
Acompanhamento nutricional é essencial para evitar complicações nos tratamentos médicos

Os rins são fundamentais para o funcionamento do organismo: eles filtram o sangue, auxiliando na eliminação de toxinas, produção de hormônios, controle da pressão arterial e do metabolismo. No entanto, quem tem doenças renais crônicas na maioria das vezes precisa passar por diálise ou sessões de hemodiálise, que trazem efeitos colaterais e afetam a qualidade de vida dos pacientes. Por outro lado, a alimentação adequada pode ajudá-los a ter um cotidiano com maior bem-estar.
Os benefícios do acompanhamento nutricional, neste casos, foram avaliados em dois artigos científicos vinculados ao projeto de Iniciação Científica “Qualidade de vida de portadores da doença renal crônica assistidos por um Centro de Referência em hemodiálise no estado de Alagoas”, que foram aceitos para publicação na revista Research, Society and Development. A pesquisa foi conduzida pelos acadêmicos João Paulo Lima, Luana Carolyne Ferreira e Briza Estumano com quase 300 pacientes portadores do agravo e teve orientação da docente do curso de Nutrição da Unit Alagoas, Danielle Alice Vieira da Silva.
A professora explica que quando uma pesquisa é iniciada o pesquisador quer, acima de tudo, contribuir para a melhoria da população. E isso pode acontecer de diversas formas. “A disseminação dos resultados por meio da publicação, sem sombra de dúvidas, é uma delas. Essas publicações fortalecem o fazer ciência e nos motiva a continuar”, comenta.
Danielle Alice destaca que pacientes com agravos renais requerem controles na oferta de alguns nutrientes e, sem a intervenção de um nutricionista, sem dúvida, estarão mais suscetíveis a complicações. “Além disso, os pacientes que estão em diálise apresentam prejuízos na capacidade funcional, condição que está estreitamente relacionada com a reserva muscular e consumo de calorias, proteínas e outros nutrientes. Com uma oferta adequada esse impacto na qualidade de vida é minimizado consideravelmente”, assinala.
Segundo ela, cada paciente precisa de uma dieta específica, que vá de acordo com o estágio da doença e o tipo de tratamento que está fazendo. Ainda assim, há alguns alimentos estritamente proibidos, como é o caso da carambola, por ter a caramboxina, uma toxina que pode causar sérios problemas, e dos alimentos ultraprocessados, por causa da alta concentração de sódio, como os enlatados e embutidos. "A alimentação adequada pode ser determinante na qualidade de vida de doentes renais crônicos", conclui a docente do curso de Nutrição da Unit Alagoas.
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