Saúde
Meningite: saiba mais sobre a doença que volta a preocupar a população
Recentemente um caso grave de meningite comoveu toda a população, o neto do então ex-presidente Lula da Silva foi vítima da doença que o levou a óbito. A meningite é um processo inflamatório das meninges - membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal - pode ser causada por vírus, bactérias, fungos e parasitas. Dependendo do agente causador, ela pode provocar a morte em pouco tempo. O infectologista do Hapvida, Fernando Chagas, faz um alerta sobre a doença, principalmente, a causada por bactérias que pode levar o paciente a morte em poucas horas.
“A doença do tipo bacteriana é motivo de muita preocupação pelos especialistas. Os seus sintomas incluem febre alta, dor de cabeça e rigidez do pescoço ou da nuca. Também é normal o paciente ter mal estar, náusea, vômito, fotofobia (aumento da sensibilidade à luz) e confusão mental. Conforme o quadro se desenvolve, acrescenta-se à lista convulsão, delírio, tremor e coma.”, explica.
Só em 2018, cerca de 934 pessoas foram acometidas pela doença, dessas, 282 foram a óbito, segundo dados do Ministério da Saúde. “Também é importante destacar a meningite causada por streptococcus pneumoniae (pneumococo). Ela também pode matar de forma rápida e está relacionada a doenças respiratórias que quando não são bem tratadas podem evoluir para uma meningite. Temos que ter muito cuidado com o tratamento de infecções de garganta e de ouvido, por exemplo. Essas infecções mal curadas podem levar a algo mais sério.”, destaca.
De acordo com o especialista, a meningite causada pela bactéria Neisseria Meningitidis (menigococo) é transmitida pela via respiratória e pode levar a morte em pouco tempo pelo seu avanço rápido no corpo humano. Quando apresentar algum sintoma da doença é importante iniciar o tratamento imediatamente. Depois é que se investiga o tipo da meningite. Lembramos que em alguns casos o paciente pode ficar sem enxergar, sem ouvir e até perder membros do corpo dependendo do avanço da enfermidade.
“Uma medida que reduz bastante a transmissão da meningite é a lavagem das mãos e também evitar grandes aglomerados de pessoas. Tendo contato com alguém que esteja com alguma doença respiratória é importante sempre lavar as mãos e usar máscaras. Também existem vacinas para algumas formas da doença.”, orienta.
O especialista ainda coloca que o diagnóstico das meningites é feito por meio de exames de sangue e líquido cerebroespinhal. Nas bacterianas o tratamento é feito com antibióticos, associados ou não a corticoides e a internação sempre é necessária. Nas virais, geralmente o tratamento é com antivirais e corticóides e nas fúngicas com antifúngicos.
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