Saúde

Samu treina 90 técnicos para atuar em acidentes com múltiplas vítimas

Curso foi voltado para médicos e enfermeiros do serviço, Forças Armadas e Corpo de Bombeiros

Por Texto: João Victor Barroso com Agência Alagoas 14/02/2019 16h10
Samu treina 90 técnicos para atuar em acidentes com múltiplas vítimas
Reprodução - Foto: Assessoria
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) promoveu nesta semana o treinamento de 90 médicos e enfermeiros no método START. Ele é utilizado para triagem de pacientes em situação de incidentes com múltiplas vítimas. As atividades foram desenvolvidas pelo Núcleo de Educação Permanente (NEP) do Samu Maceió, no bairro Farol. O curso de atualização foi voltado para profissionais do Samu Maceió, Exército Brasileiro, da Aeronáutica e do Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL). Para o major Dárbio Alvim, supervisor do Samu, esses treinamentos são importantes para deixar toda a equipe ainda mais preparada para atuar em situações de múltiplas vítimas. “Incidentes com múltiplas vítimas fogem da rotina diária do Samu, então, se faz necessário promover cursos de atualização como esse. Em caso de acidentes dessa natureza, nossos socorristas estarão na linha de frente e devemos estar preparados para prestar o melhor atendimento possível”, salientou o supervisor do Samu. De acordo com Arnon Alves, coordenador do NEP do Samu Maceió, esse tipo de triagem deve levar em média 60 segundos para ser feito pelos socorristas. “Fazemos uma avaliação simples para classificar se a vítima é grave ou não. Utilizamos três parâmetros que são ’30-2-pode fazer’, onde indicamos se o paciente é grave, nos casos em que a respiração seja mais de 30 por minutos, a circulação com a avaliação do enchimento capilar maior do que dois segundos, e o que ela ‘pode fazer’, verificando a resposta neurológica da vítima”, explicou o médico. Após essa rápida avaliação, os socorristas tiram as vítimas da área de risco e indicam um local de cor específica, podendo ser verde, amarela, vermelha ou preta, ainda de acordo com o coordenador do NEP. “A classificação verde indica que a pessoa apresenta lesões, pode se locomover e esperar atendimento. Na área amarela o quadro é grave, mas pode esperar algumas horas para ser atendido”, salientou. Já na vermelha, acrescentou Arnon Alves, o paciente é muito grave e pode evoluir rapidamente para o óbito. “A área preta é destinada aos pacientes fora de possibilidades terapêuticas, onde o quadro não pode ser revertido ou para àqueles que já se encontram em óbito”, salientou.