Saúde

Gasto anual em saúde fica abaixo de R$403 por habitante em mais de metade das prefeituras

Em Alagoas, pior desempenho ficou com Palmeira dos Índios, com apenas R$ 117,32

Por Emanuelle Vanderlei com Tribuna Hoje com informações da Agência Brasil 21/01/2019 17h51
Gasto anual em saúde fica abaixo de R$403 por habitante em mais de metade das prefeituras
Reprodução - Foto: Assessoria
O Conselho Federal de Medicina (CFM) divulgou nesta segunda-feira (21) um levantamento com a média dos investimentos que os municípios brasileiros fizeram em saúde entre os anos de 2014 e 2017. Separados por ano, os dados chamam atenção pelo valor investido por mais de a metade dos locais que participaram. No último ano, cerca de 2.800 municípios brasileiros gastaram menos de R$ 403,37 por habitante na saúde ao longo de 2017. A análise mostra que esse foi o valor médio aplicado por gestores municipais com recursos próprios em Ações e Serviços Públicos de Saúde declaradas no Sistema de Informações sobre os Orçamentos Públicos em Saúde (Siops). No Estado de Alagoas, o pior desempenho ficou com Palmeira dos Índios, que investiu R$ 117,32 por pessoa durante o ano inteiro. Pindoba foi o município alagoano que se saiu melhor entre os que participaram do levantamento, com R$ 658,45. A capital Maceió está abaixo da média nacional, com R$ 294,46. As cidades com menos habitantes investiram mais por pessoa. Locais com menos de 5 mil habitantes gastaram em média R$ 779,21. Em Alagoas, dos 102 municípios, nenhum deles chegou perto desse valor. Apenas 4 tem menos que 5 mil pessoas morando: Feliz Deserto com 4.806 pessoas investiu R$ 371,03;  Jundiá tem 4.231 pessoas e gastou R$456,39; Mar Vermelho com apenas 3.579 chegou a R$ 517,61; a menor de todas é Pindoba, que não coincidentemente é a campeã no investimento per capita entre seus 2.953 habitantes. Com uma arrecadação melhor, municípios das regiões Sul e Sudeste foram os que apresentaram maior participação no financiamento do gasto público em saúde. Ranking nacional Com apenas 839 habitantes, o município de Borá (SP) lidera o ranking de gastos per capita na saúde, com R$ 2.971,92 gastos em 2017. Em segundo lugar aparece Serra da Saudade (MG), cujas despesas em ações e serviços de saúde alcançaram R$ 2.764,19 por pessoa. Na outra ponta, entre os que tiveram menor desempenho na aplicação de recursos, estão três cidades de médio e grande porte, todas situadas no estado do Pará: Cametá (R$ 67,54), Bragança (R$ 71,21) e Ananindeua (R$ 76,83). Entre as capitais, Campo Grande assume a primeira posição, com gasto anual de R$ 686,56 por habitante. Em segundo e terceiro lugares estão São Paulo e Teresina, onde a gestão local desembolsou, respectivamente, R$ 656,91 e R$ 590,71 por habitante em 2017. Já as capitais com menor desempenho são Macapá, com R$ 156,67; Rio Branco, com R$ 214,36; Salvador e Belém, ambas com valores próximos de R$ 245 por pessoa. O levantamento completo está disponível neste link.