Política
Consulta pública sobre retirada da obrigatoriedade de autoescolas já é a mais acessada do país

O ministro dos Transportes, Renan Filho (MDB-AL), anunciou nesta terça-feira (7) a abertura de uma consulta pública sobre uma proposta que pode acabar com a obrigatoriedade das autoescolas para obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A medida, segundo o governo, tem como objetivo reduzir custos, cortar burocracias e ampliar o acesso, sem comprometer a segurança no trânsito.
A consulta teve início no dia 2 de outubro, por meio da plataforma Participa +Brasil, e rapidamente se tornou a mais acessada da atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). A população poderá participar enviando sugestões e opiniões por um período de 30 dias, antes que o texto seja analisado pelo Conselho Nacional de Trânsito (Contran).
O que pode mudar
Se aprovada, a proposta não elimina as autoescolas, mas torna a contratação delas opcional. Os candidatos à primeira habilitação poderão optar por:
Aulas em autoescolas;
Acompanhamento de instrutores autônomos credenciados;
Preparação independente, com materiais digitais ou a distância (EaD).
Além disso, a exigência das 20 horas de aulas práticas obrigatórias será retirada, e a proposta também abrange uma maior flexibilidade para condutores que buscam habilitação nas categorias C, D e E.
O governo estima que os custos para obtenção da CNH, que atualmente podem chegar a R$ 5.000, caiam até 80%, reduzindo o valor para cerca de R$ 700. A medida ainda prevê:
Credenciamento digital de instrutores autônomos;
Uso de tecnologia para agendamentos, pagamentos e localização de instrutores via geolocalização;
Estímulo à concorrência entre prestadores de serviço.
Em publicação na rede social X (antigo Twitter), Renan Filho afirmou que a iniciativa busca modernizar o processo de habilitação:
“Reduzir custos, cortar burocracia e ampliar o acesso, sem abrir mão da segurança no trânsito.”
Próximos passos
Encerrado o prazo da consulta pública, a proposta será avaliada tecnicamente pelo Contran, responsável por definir a regulamentação do trânsito no país. Caso aprovada, a mudança poderá representar uma das maiores reformulações no processo de formação de condutores dos últimos anos.
A proposta ainda pode sofrer alterações com base nas sugestões recebidas da sociedade civil durante o período de consulta.
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