O secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Gino César, esteve nesta sexta-feira (20) no município de Coité do Nóia, onde, ao lado do deputado estadual Gilvan Barros, do prefeito Bueno Higino, e do diretor executivo do IMA, Ivens Leão, anunciou importantes avanços para o fortalecimento da carcinicultura no Agreste alagoano. O encontro reuniu produtores da região em um momento de escuta ativa e diálogo direto com o setor.

A carcinicultura, voltada à criação de camarões em cativeiro, tem sido um dos segmentos produtivos que mais crescem no interior do estado. Em Alagoas, o setor avança com equilíbrio entre o desenvolvimento econômico e a proteção ambiental, construindo as bases para um modelo sustentável e comprometido com as futuras gerações.

Durante a reunião, Gino César destacou que o Governo de Alagoas tem atuado para tornar os processos mais acessíveis, técnicos e responsáveis. “Alagoas mostra que é possível aliar a produção ao cuidado com o meio ambiente. Com o apoio do governador Paulo Dantas, temos feito um esforço permanente para ouvir os produtores e adotar medidas que desburocratizam os processos, reduzem custos e mantêm o compromisso com a sustentabilidade”, afirmou o secretário.

Uma das mudanças anunciadas é a flexibilização da exigência de análises individuais da água utilizada na atividade. A partir de agora, será possível validar uma única análise para empreendimentos localizados dentro de um raio de até 1 quilômetro, considerando a similaridade da área. Isso torna o processo mais ágil e menos oneroso para os produtores.

Outro avanço importante diz respeito à frequência de análise de efluentes. A obrigatoriedade, que antes era mensal, passa a ser trimestral. A mudança, sustentada por critérios técnicos, representa uma economia de mais de 65% nos custos com análises laboratoriais, sem comprometer o controle ambiental.

Durante o encontro, também foi destacado o processo de revisão e flexibilização das autuações aplicadas anteriormente pelo Instituto do Meio Ambiente de Alagoas (IMA). A medida busca corrigir distorções e reconhecer as especificidades da atividade aquícola no Agreste, adotando uma postura mais orientadora e menos punitiva. O objetivo é garantir que os empreendedores tenham a oportunidade de se adequar às normas ambientais com responsabilidade, sem comprometer a continuidade da produção ou gerar prejuízos desnecessários à atividade.

As medidas foram bem recebidas pelos produtores e lideranças locais, que destacaram a importância do diálogo com o governo estadual. As ações integram uma estratégia mais ampla de fortalecimento da produção sustentável em Alagoas, especialmente nas regiões do interior, onde o setor agropecuário e aquícola tem forte presença econômica e social.

Segundo Gino César, os avanços refletem o compromisso do Estado com um modelo de desenvolvimento que respeita o meio ambiente e valoriza quem produz. “Estamos fortalecendo a economia do Agreste com sensibilidade, técnica e diálogo. Esse é o caminho do desenvolvimento sustentável que defendemos para Alagoas”, concluiu.