Política
Urbanitários protestam contra entrega da Casal para a iniciativa privada
Após o ato, os trabalhadores saíram em caminhada até o palácio do governo

O Sindicato dos Urbanitários de Alagoas realizou, no dia 14 de maio, uma manifestação em frente à Assembleia Legislativa Estadual, em Maceió, contra a possível realização de um novo leilão da Companhia de Saneamento de Alagoas – Casal.
Após o ato, os trabalhadores saíram em caminhada até o palácio do governo, onde foram recebidos pelo vice-governador Ronaldo Lessa, que se disse contrário à privatização.
Na Assembleia Legislativa o Sindicato protocolou um ofício contra o leilão da Casal, onde a categoria pede o apoio dos deputados e cobra audiência pública: “Queremos saber se estão com o povo ou com quem quer lucrar”, disse Dafne Orion presidente do Sindicato.
“Esperamos que esta casa convoque uma audiência pública para ouvir a sociedade. Vamos aguardar que esta Casa se manifeste”, declarou Dafne.
A categoria vem denunciando o risco de desabastecimento caso a privatização seja efetivada. O ato marca o início de uma nova jornada de mobilização contra a privatização do saneamento no estado.
Diversos sindicatos filiados a CUT apoiaram o ato como o Sindicatos dos Vigilantes, Comerciários, Jornalistas, Bancários, Agentes de Saúde, Servidores dos Correios, Servidores do Detran, entre outros.
“A água é um direito de todos e todas. Iniciar essa luta novamente é necessário diante da ameaça de um novo leilão, que agora atinge diretamente a gestão da água, o coração da Casal”, afirmou a presidente do Sindicato. “Já entregaram a parte comercial, agora querem entregar os mananciais. Isso significa tarifas mais altas, serviços precarizados e risco de desabastecimento, como já vemos hoje com a BRK”, completou.
Os trabalhadores da Casal buscam o apoio dos deputados estaduais, para que possam intervir junto ao governo. “Essa Casa aprovou a regionalização da Casal, que abriu caminho para a privatização. Agora, exigimos que os parlamentares assumam sua responsabilidade e impeçam que o restante da Casal seja entregue ao mercado”, cobrou Dafne. Segundo ela, até o momento, nenhum deputado se posicionou favorável à causa dos trabalhadores e da população.
A expectativa da categoria, movimento sindical e movimentos sociais é que o governo suspenda qualquer processo de venda da Casal e abra diálogo com os trabalhadores e a sociedade. A luta é pela água como direito, não como mercadoria.
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