Política
MDB elege 65 prefeituras e amplia apoio a 78 municípios
Governador Paulo Dantas fez questão de reiterar que gestores alagoanos contam com atenção do Estado
A distribuição partidária nas prefeituras eleitas em Alagoas após as eleições municipais de domingo (6), reforça a divisão de poder entre os grupos políticos mais influentes no estado. O MDB, liderado por figuras de destaque como o senador Renan Calheiros e o governador Paulo Dantas, conquistou 65 prefeituras, representando 63% do total de municípios alagoanos. Entre as principais cidades que serão administradas pela legenda estão as estratégicas Arapiraca, Palmeira dos Índios, Delmiro Gouveia e Penedo.
Ontem (7), o governador Paulo Dantas celebrou o resultado das urnas em Alagoas, destacando que o pleito municipal foi um feito histórico. “Fizemos história. Foram 78 prefeituras eleitas com o nosso apoio em 2024, sendo 65 somente pelo MDB. Esse é o maior número de prefeituras eleitas pelo nosso partido desde a década de 90, um marco.
Parabéns a todos os eleitos e vamos juntos seguir no rumo do desenvolvimento, com trabalho sério, programas importantes e cuidado com os alagoanos. Contem comigo”, ressaltou o governador.
O Progressistas (PP), presidido por Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, garantiu a segunda maior quantidade de prefeitos eleitos, com 27 prefeituras, incluindo a pequena Santa Luzia do Norte e Maragogi, uma das maiores do Litoral Norte de Alagoas.
O Republicanos ficou em terceiro lugar, elegendo cinco prefeitos, destacando-se em municípios como Messias e Passo de Camaragibe. A legenda tem como principal articulador, o deputado estadual Antonio Albuquerque.
Apesar dessa diferença numérica, tanto MDB quanto PP mantêm força equilibrada em termos de influência política, principalmente em municípios estratégicos e em termos populacionais.
A cientista política Luciana Santana conversou com a Tribuna Independente e destacou que essa distribuição reflete a concentração de capital político e o fortalecimento do MDB, especialmente em função de Renan Calheiros, que também controla o governo estadual.
“A ‘parceria’ entre Renan e Lira foi importante em várias cidades, mesmo com a rivalidade entre os dois na disputa pela prefeitura de Maceió. Um exemplo disso é o apoio conjunto nas eleições de Arapiraca e Capela, onde ambos respaldaram candidatos aliados. Essa união pontual entre os dois líderes sugere uma estratégia de manutenção de poder, mas também levanta questões sobre o futuro das alianças regionais, sobretudo com a aproximação de 2026, quando Calheiros e Lira têm ambições eleitorais significativas”, opinou a cientista.
Luciana Santana ainda aponta que, em 2025, quando Arthur Lira deixará a presidência da Câmara dos Deputados, deve-se observar como ele buscará manter sua base de apoio político para as próximas eleições.
“O cenário atual sugere um equilíbrio de poder entre os dois grupos, mas ainda existem incertezas quanto à movimentação dos prefeitos eleitos e suas futuras filiações partidárias, considerando o peso do MDB na política alagoana”, continuou.
Esses resultados consolidam a predominância do MDB em áreas rurais e cidades de médio porte, enquanto a capital, Maceió, foi vencida por JHC, do PL. A disputa entre os grupos de Renan e Lira, que apoiaram candidatos em comum, deve se intensificar nos próximos anos, especialmente com foco nas eleições estaduais de 2026.
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